Washington acusa o líder venezuelano de narcotráfico e terrorismo, elevando a caçada internacional ao nível mais alto da história recente.
Os EUA aumentam recompensa por captura de Maduro para R$ 272 milhões, maior do que a de Bin Laden, em uma escalada sem precedentes na pressão contra o presidente da Venezuela. O valor foi anunciado nesta quinta-feira (7) pelo Departamento de Justiça, que acusa Nicolás Maduro de liderar um esquema internacional de narcotráfico e de colaborar com organizações criminosas classificadas como terroristas por Washington.
Segundo o Estadão, a quantia supera a recompensa oferecida pelo paradeiro de Osama Bin Laden após os atentados de 11 de setembro de 2001, colocando Maduro no topo da lista de procurados dos EUA. O governo americano afirma que já confiscou 30 toneladas de cocaína vinculadas ao regime chavista, além de quase sete toneladas associadas diretamente ao líder venezuelano.
Acusações graves e ligação com cartéis
A procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, declarou que Maduro utiliza organizações como o Tren de Aragua, o Cartel de Sinaloa e o Cartel dos Soles para enviar drogas letais ao território americano. Segundo ela, parte da cocaína estaria misturada com fentanil, um opioide sintético responsável por milhares de mortes nos EUA.
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O Departamento de Justiça informou ainda que mais de US$ 700 milhões em ativos ligados a Maduro já foram apreendidos, incluindo dois jatos privados, nove veículos e outros bens de alto valor. “Sob a liderança do presidente Trump, Maduro não escapará da justiça e responderá por seus crimes atrozes”, afirmou Bondi.
Resposta de Caracas
O chanceler venezuelano, Yván Gil, classificou a recompensa como “cortina de fumaça ridícula” e acusou Washington de usar a medida como distração política. “A dignidade de nossa pátria não está à venda”, afirmou, em mensagem no Telegram.
Apesar da retórica, os EUA mantêm há anos uma postura de não reconhecimento do governo Maduro, declarando como legítimo presidente o opositor Edmundo González Urrutia, que afirma ter vencido as eleições de 2024 — resultado não reconhecido pelo chavismo.
Histórico de perseguição internacional
Washington já havia oferecido US$ 15 milhões pela captura de Maduro em 2020, durante o governo Trump, sob acusações de “narcoterrorismo”. O valor foi dobrado para US$ 25 milhões na gestão de Joe Biden e, agora, atinge a marca recorde de US$ 50 milhões.
A última vez que os EUA acusaram formalmente um chefe de Estado estrangeiro de crimes desse nível foi em 1988, contra o presidente do Panamá, Manuel Noriega — caso que culminou com a invasão americana ao país e sua prisão.
E você? Acredita que essa recompensa histórica vai levar à captura de Maduro ou será mais um capítulo da disputa política entre EUA e Venezuela? Deixe sua opinião nos comentários — queremos ouvir quem acompanha esse cenário de perto.