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Receita Federal vai emitir CNPJ com letras a partir de julho de 2026; medida ligada à reforma tributária garante novas inscrições de empresas sem esgotar o cadastro

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 17/09/2025 às 13:17
Receita Federal vai emitir CNPJ com letras a partir de julho de 2026; medida ligada à reforma tributária garante novas inscrições de empresas sem esgotar o cadastro.
Receita Federal anuncia CNPJ com letras a partir de julho de 2026 para ampliar limite de 63 milhões já emitidos
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CNPJ com letras será emitido a partir de julho de 2026, apenas para novas inscrições, e garante a continuidade do cadastro após 63 milhões de registros já emitidos no modelo numérico.

A Receita Federal confirmou ao G1 que o CNPJ com letras começará a ser emitido em julho de 2026. A medida tem como objetivo ampliar a capacidade do sistema, que já ultrapassou 63 milhões de registros emitidos desde a criação do cadastro. Hoje, o modelo numérico de 14 dígitos está próximo do esgotamento, já que cada número é único e não pode ser reutilizado, mesmo quando a empresa é encerrada.

Segundo a Receita, mais de 24,9 milhões de CNPJs estão ativos e outros 29,2 milhões já foram desativados, o que pressiona a necessidade de modernização. O novo formato alfanumérico permitirá a inclusão de letras de A a Z em posições específicas, ampliando de forma exponencial as combinações possíveis.

Quem será impactado pela mudança

O CNPJ com letras será aplicado apenas a novas inscrições feitas a partir de julho de 2026. Isso inclui empresas recém-criadas, filiais, condomínios, produtores rurais e profissionais liberais.

Os CNPJs atuais continuarão válidos sem necessidade de substituição ou atualização.

Para as empresas já em funcionamento, não haverá nenhuma exigência de troca.

Todos os sistemas públicos e privados, como os de emissão de notas fiscais e controle tributário, serão adaptados para reconhecer tanto o modelo antigo quanto o novo.

Como funcionará o novo formato

O CNPJ continuará com 14 caracteres, mas poderá mesclar letras e números.

O Dígito Verificador (DV), que autentica a inscrição, seguirá sendo calculado pelo método Módulo 11, agora adaptado para incluir letras.

Para isso, cada caractere será convertido em um valor numérico com base na tabela ASCII.

A Receita informou ainda que disponibilizará rotinas de cálculo em linguagens de programação populares para facilitar a adaptação de softwares e bancos de dados.

O calendário de implementação será divulgado de forma gradual, com setores sendo incorporados em etapas.

Desafios e custos para empresas

Apesar de não exigir ação direta de contribuintes, a mudança trará impactos técnicos.

Empresas que utilizam sistemas de gestão, emissão de notas fiscais e bancos de dados precisarão atualizar suas plataformas para reconhecer o novo padrão alfanumérico.

Podem ocorrer falhas temporárias na emissão de documentos, dificuldades com fornecedores e atrasos no cumprimento de obrigações fiscais.

A Receita promete fornecer ferramentas de apoio para reduzir o custo dessa adaptação, mas especialistas alertam que companhias de menor porte podem enfrentar gastos extras para atualizar seus sistemas.

Ligação com a reforma tributária

O anúncio do CNPJ com letras também faz parte do processo de modernização vinculado à reforma tributária.

O novo cadastro ajudará a integrar sistemas que futuramente vão operar com a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços).

Segundo a Receita, a mudança vai facilitar o controle fiscal, a separação entre despesas pessoais e profissionais e a automação de rotinas como a recuperação de créditos tributários.

Na prática, o novo modelo abre espaço para que o sistema tributário brasileiro seja mais eficiente e resistente ao crescimento do número de empresas.

Com o início da emissão do CNPJ com letras, o Brasil ganha fôlego para registrar novas empresas sem risco de esgotamento do sistema.

Embora traga custos de adaptação, a medida é vista como necessária para garantir segurança jurídica e continuidade das operações econômicas.

E você, acredita que essa mudança vai realmente simplificar a vida de quem empreende ou será apenas mais um desafio burocrático? Deixe sua opinião nos comentários — sua experiência pode ajudar a enriquecer o debate sobre o impacto do novo modelo alfanumérico.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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