Buscando uma redução nas emissões de CO2, a Raízen e Volkswagen fecharam uma nova parceria para desenvolver um novo etanol como alternativa aos carros elétricos.
A Raízen, licenciada da marca Shell e a Volkswagen do Brasil anunciaram nesta sexta-feira (29), que fecharam um acordo para descarbonização no setor automotivo, com iniciativa de nova fórmula de etanol, P&D de biocombustíveis em território nacional e também medidas para expandir o uso do etanol como alternativa para carros elétricos em todo o mundo.
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Além do novo contrato, a Raízen planeja implementar uma rede de eletropostos de recarga rápidos, proporcionando uma melhor experiência na hora dos clientes recarregarem carros elétricos da Volkswagen.
O projeto com eletropostos para carros elétricos terá início no estado de São Paulo. Nas fábricas da Volkswagen no país, a meta é substituir o gás natural por um gás natural renovável que será fornecido pela Raízen, o que reduziria a emissão das unidades em mais de 80%.
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De acordo com a nota postada, também será feito o fornecimento de eletricidade limpa para a rede de concessionárias Volkswagen, através das usinas de energia renovável na modalidade de geração distribuída da Raízen.
Pablo Di Si, o presidente e CEO da Volkswagen afirma no comunicado que o etanol tem vários benefícios à sociedade e ao meio ambiente, e também na geração de empregos no Brasil. Além disso, a parceria ajudará as duas empresas na criação de tecnologias a partir do etanol como alternativa para carros elétricos em seu Centro de P&D no país.
Raízen fala sobre a nova parceria com a Volkswagen
De acordo com Ricardo Mussa, CEO da Raízen, é uma honra contar com a Volkswagen no projeto. O movimento reforça o papel da empresa como uma entidade que traz soluções limpas tanto a curto prazo quanto a longo prazo, tendo em vista o processo de descarbonização global.
Lauran Wetemans, vice-presidente de negócios de Downstream da Shell para a América Latina, afirma que a parceria da Raízen e a Volkswagen auxiliará na ampliação da bioenergia no setor automotivo.
Segundo Lauran, a Shell realiza investimentos em várias alternativas voltadas com a transição energética a uma pegada de baixo carbono como carros elétricos e o hidrogênio. Tendo em vista que todas as opções são essenciais para a redução nas emissões de CO2 e que os biocombustíveis são uma solução já ofertada, é um prazer da Shell compor esta iniciativa no país.
Governo Federal defende o uso de Etanol
Próximo à 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, o Governo Federal e a Indústria de Cana-de-açúcar planejam defender o etanol como uma alternativa para os carros elétricos.
De acordo com pesquisadores do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), a fabricação de etanol e outros biocombustíveis podem gerar desmatamento em florestas para que monoculturas sejam cultivadas.
Uma teoria que é confrontada pelo Governo Federal, que afirma que o plantio para a produção é feita sobre áreas que já foram degradadas e não florestas virgens. Segundo o presidente da Copersucar, Luís Roberto Pogetti, o etanol poderá ser uma alternativa aos carros elétricos, entretanto isso poderá variar em cada região.
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