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Câmara avalia projeto que prevê suspensão de direitos políticos a quem não cumprir piso de R$ 4.867,77 a professores

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 14/09/2025 às 07:03
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Proposta da deputada Luciene Cavalcante busca responsabilizar gestores que ignoram a Lei 11.738/2008, em meio a mais de 700 denúncias no país

O descumprimento do piso salarial dos professores da educação básica poderá ser enquadrado como improbidade administrativa, caso seja aprovado o Projeto de Lei 961/2023 em análise na Câmara dos Deputados.

A iniciativa surge diante de um cenário de descumprimento generalizado da Lei 11.738/2008, que fixa o valor mínimo de R$ 4.867,77 para jornadas de 40 horas semanais.

O tema foi debatido em audiência pública da Comissão de Educação, realizada na terça-feira (9), com participação de representantes do Ministério da Educação, do Ministério Público Federal e de entidades educacionais.

O encontro tratou da necessidade de mecanismos de responsabilização para gestores municipais e estaduais que não cumprem a legislação.

Falta de dados oficiais sobre o descumprimento

Não há dados oficiais sobre a quantidade de prefeituras que deixam de aplicar o piso salarial, mas já foram registradas mais de 700 denúncias em todo o país, segundo monitoramento informal de um observatório legislativo.

Os relatos apontam que diversos profissionais da educação continuam recebendo valores inferiores ao estabelecido em lei.

A autora do projeto, deputada Luciene Cavalcante (PSOL-SP), defende que a tipificação do descumprimento do piso salarial dos professores como improbidade é essencial para assegurar a valorização do magistério.

Pela proposta, as penalidades podem incluir multa, suspensão de direitos políticos e impedimento de contratação com o poder público por até quatro anos.

Tramitação e impacto esperado

O projeto foi aprovado na Comissão de Educação e aguarda análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Caso avance, poderá seguir ao Senado sem passar pelo Plenário da Câmara, conforme o rito das comissões.

A expectativa é de que a medida amplie a fiscalização e pressione os gestores a respeitarem o piso salarial, considerado um dos pilares para melhorar a qualidade do ensino público.

Atualmente, cerca de 85% das crianças e adolescentes do país estudam em escolas públicas, o que reforça a centralidade do cumprimento da legislação salarial para garantir condições adequadas de trabalho aos professores.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor.

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