A tecnologia da correia banhada a óleo levanta dúvidas sobre sustentabilidade, desempenho e escolhas da indústria automobilística. Por que ela ainda existe?
A correia banhada a óleo foi apresentada como uma inovação promissora quando a Ford lançou a tecnologia em 2007. Porém, o tempo revelou problemas críticos que geraram dúvidas: quem aprovou essa solução e por que ela ainda é usada? Vamos explorar como essa escolha tecnológica impacta consumidores e o futuro do setor automotivo.
A história da correia banhada a óleo
A história da correia dentada remonta ao carro Glas 1004, de 1962, o primeiro a usar uma correia de borracha para acionar o comando de válvulas. Esse conceito revolucionou o design de motores, oferecendo vantagens como menor ruído, redução de vibrações e uma construção mais leve.
Décadas depois, a Ford transformou a correia de borracha em uma peça ainda mais peculiar: a correia banhada a óleo. Diferente das correias tradicionais, essa versão operava mergulhada em óleo.
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Prometendo maior durabilidade e uma economia de combustível de até 1%, a tecnologia parecia inovadora. Mas havia um detalhe que preocupava especialistas desde o início: a incompatibilidade química histórica entre borracha e óleo quente.
Por que a tecnologia falhou?
Apesar dos esforços da Ford e de outros fabricantes para adaptar a tecnologia – utilizando materiais como borracha HNBR e revestimentos de PTFE – os problemas começaram a aparecer. O desgaste acelerado da correia banhada a óleo levou a falhas catastróficas de motores em muitos casos, gerando prejuízos significativos para os proprietários.
Relatos de correias que falharam muito antes do intervalo recomendado de substituição, frequentemente em torno de 100 mil km, são comuns. Partículas de borracha desprendidas obstruem os sistemas de lubrificação, causando perda de pressão de óleo e danos irreversíveis.
O custo para o consumidor e o meio ambiente
A proposta de economia de 1% no consumo de combustível, equivalente a cerca de 90 reais por ano, não compensa os custos de manutenção e os danos ao meio ambiente. Milhares de motores foram descartados devido à impossibilidade de reparo, gerando desperdício de recursos e aumento na pegada de carbono.
Muitos questionam como a correia banhada a óleo foi aprovada, dado o conhecimento prévio de que a borracha não se comporta bem em contato prolongado com óleo quente. Mesmo com a crescente evidência de falhas, fabricantes continuaram a empregar a tecnologia, priorizando o lucro em detrimento da confiabilidade e da sustentabilidade.
Curiosamente, montadoras japonesas, exceto por raras exceções, nunca adotaram essa abordagem. Talvez isso reflita uma postura mais conservadora e focada na longevidade dos veículos.
O futuro da correia banhada a óleo
Hoje, há sinais de que fabricantes estão voltando a usar correias secas ou correntes, tecnologias mais confiáveis. No entanto, a transição ocorre somente após anos de prejuízos para consumidores e danos à reputação das montadoras.
A história da correia banhada a óleo é um alerta sobre decisões tecnológicas motivadas por lucro e não pela confiabilidade. Para consumidores, a lição é clara: ao comprar um veículo, informe-se sobre o tipo de motor e evite modelos com essa tecnologia. Afinal, como a indústria demonstra, nem toda inovação é realmente um avanço.
Por este motivo dentre outros, prefiro carros japoneses, principalmente da Honda. Nunca tive problemas.
E fica por isso mesmo! Duvido que nos USA continuem fabricando essa joça: a multa lá por enganar o consumidor é de milhões de dólares, não de 5 contos como na banânia…
FALTA DE MANUTENÇÃO E USO DE PEÇAS E FLUIDOS NÃO RECOMENDADOS É QUE VEM CAUSANDO O ESTOURO DA CORREIA. UM LITRO DE ÓLEO RECOMENDADO CUSTA 80 REAIS. AÍ QUE MORA O PERIGO, COLOCAM ÓLEO DE 10 REAIS. CARROS COM ESSA TENOLOGIA E CARRO PRA QUEM TEM CONDIÇÕES DE ARCAR COM A MANUTENÇÃO RIGOROSAMENTE EM DIA. PROCURA OS PROPRIETARIOS QUE TEM ESSA TECNOLOGIA E QUE O CARRO ESTA COM 180. 160. 210. 220 MIL KM E CORREIA INTACTA. FICAR SO FALANDO MAL E NÃO APRESENTAR O LADO BOM FICA DIFICIL ACREDITAR NA CREDIBILIDADE DA MATÉRIA.