A energia proveniente de usinas termoelétricas, fonte mais cara comparado à hidrelétricas, está sendo utilizada por conta da escassez de chuvas, encarecendo a conta de luz
Segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a geração de energia termoelétricas em janeiro deste ano foi a maior desde 2015 e o segundo maior nível no segundo mês desde o início em 1999. A energia produzida pelas termoelétricas é mais cara do que as hidrelétricas e com isso, o aumento na conta de luz é inevitável. A escassez de chuvas é o principal responsável, fazendo com que a fonte termoelétrica seja largamente utilizada.
Termoelétricas e os custos adicionais na conta de luz
A ANEEL informou que só em janeiro os consumidores pagaram 1,29 bilhão de reais pela energia para compensar os custos adicionais decorrentes do uso mais frequente das termoelétricas. O aumento nos custos com a eletricidade se deve à escassez de chuvas entre o final de 2020 e o início de 2021, ou seja, no meio do período chuvoso nas regiões sudeste e centro-oeste, onde ficam localizadas as principais hidrelétricas do país.
Essa situação gerou uma queda acentuada na quantidade de água armazenada nos reservatórios dessas usinas hidrelétricas. Quando isso acontece, o governo precisa economizar água desses reservatórios e reduzir a produção de energia das hidrelétricas. Para compensar e poder atender a demanda de energia, as termoelétricas devem ser acionadas.
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Aneel informa que o aumento na conta de luz deve ser o maior desde 2018
O diretor-geral da Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica, André Pepitone afirma que o aumento médio da conta de luz em 2021 deve ser o maior desde 2018. André estima um aumento de 13%, que com devolução de impostos pode cair a 8%, mas que mesmo assim será o maior índice em três anos.
De acordo com a Aneel, diversos fatores levaram a um aumento acentuado nas contas de luz em 2021, que vão desde maior uso de termoelétricas até taxas de câmbio.