Os carros com correia dentada banhada a óleo estão ganhando espaço no mercado automotivo, especialmente em modelos mais recentes e com motores modernos. Apesar de prometerem maior durabilidade e eficiência, essa inovação está levantando algumas dúvidas e desafios para os motoristas brasileiros.
Diferente da correia dentada convencional, a versão banhada a óleo fica imersa no lubrificante do motor, o que reduz o atrito, aumenta a durabilidade e, em teoria, minimiza custos de manutenção. Porém, a realidade prática dessa tecnologia no Brasil não tem sido tão simples. O CPG ouviu os especialistas do Oficina de Primeira sobre os carros com correia dentada banhada a óleo, veja.
Entre os carros com correia dentada banhada a óleo, destacam-se os seguintes modelos:
Chevrolet Onix a partir de 2020
Chevrolet Montana a partir de 2023
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Chevrolet Tracker a partir de 2020
Citroen C3 1.2
Ford EcoSport 1.5
Ford Fiesta EcoBoost
Ford Ka 1.0 a partir de 2015
Ford Ka 1.5 a partir de 2019
Ford Ranger 2.0 turbodiesel
Ford Transit 2.2 turbodiesel
Peugeot 208 1.2
Esses modelos são equipados com motores modernos, em sua maioria de três cilindros, que acompanham essa nova tecnologia.
Os desafios da correia dentada banhada a óleo
Embora a ideia pareça vantajosa, na prática surgem problemas que estão preocupando os proprietários. A má qualidade do óleo, o uso de combustíveis adulterados e a falsificação de produtos no mercado nacional são fatores que podem comprometer o desempenho dessa correia.
Há relatos de correias que se desgastam precocemente, se desfazem dentro do motor e causam sérios danos, como perda de sincronismo, problemas no cabeçote e até a necessidade de reconstrução do motor.
O custo da manutenção preventiva pode ser elevado. Trocar a correia dentada banhada a óleo envolve desmontar partes significativas do motor, o que encarece a mão de obra e os materiais necessários.
Por que isso está acontecendo?
Muitos especialistas apontam que o problema não está necessariamente na tecnologia da correia dentada banhada a óleo, mas na dificuldade de adaptação ao contexto brasileiro. Fatores como alta temperatura, gasolina de baixa qualidade e até o desconhecimento técnico contribuem para os problemas enfrentados. Mecânicos relatam aumento na demanda por reparos, transformando a novidade em um “pesadelo lucrativo” para muitos.
O que considerar antes de adquirir um carro com essa tecnologia?
Se você pensa em comprar um dos carros com correia dentada banhada a óleo, fique atento às seguintes dicas:
Use sempre o óleo recomendado pelo fabricante. Evitar produtos falsificados é essencial para preservar o motor.
Realize manutenções preventivas rigorosamente. Inspecione a correia regularmente e troque-a antes de apresentar sinais de desgaste.
Evite combustíveis de baixa qualidade. Eles podem interferir diretamente no desempenho da correia e do motor.
Apesar dos desafios, a tecnologia tem potencial para ser confiável com os cuidados certos. No entanto, cabe a cada motorista avaliar se está disposto a encarar os custos e a atenção extra que essa inovação exige.
Os carros com correia dentada banhada a óleo representam uma evolução, mas não estão livres de polêmicas. Enquanto fabricantes e usuários se adaptam, o mercado automotivo brasileiro ainda enfrenta obstáculos para explorar o máximo dessa tecnologia. Se você já dirige um desses modelos ou está considerando a compra, fique ligado nos cuidados necessários para evitar surpresas desagradáveis.
Tecnologia que não funciona, óleo e correia (borracha) não combina,.
Eu tenho uma Tracker comprei sem saber que tinha está correia banhada a óleo, pretendo sair da linha GM e não comprar mais carros desta marca, a tendência e outros consumidores e buscar outras montadoras
Eu me pergunto, pq colocar uma correia dentro do motor em contato com o óleo? Nós estamos acostumado a trocar correia a cada 60k, eu mesmo sempre troquei as correias dos meus carros em casa mesmo, ou deixava a correria na parte externa do motor como sempre foi ou colocava logo corrente de comando. Isso foi uma queimação tão grande para as marcas, e uma estratégia sem sentido.