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Produzindo 220.000 barris por dia, FPSO da MODEC recebe aval para projeto no Brasil

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 20/07/2024 às 08:02
FPSO, MODEC, Campo de Bacalhau
Foto: Reprodução Petrosolgas

A unidade de produção, armazenamento e descarga da MODEC se destaca por baixas emissões e ficará instalado no Campo de Bacalhau

A fornecedora japonesa de soluções flutuantes, MODEC, comemora a aprovação em princípio (AiP) concedida à sua embarcação flutuante de produção, armazenamento e descarga (FPSO) pela sociedade de classificação DNV para o Campo de Bacalhau. Esta notação Abate permite que o FPSO recém-construído se torne uma referência global em baixa emissão, sendo a primeira embarcação desse tipo a ostentar tal certificação. 

Destinada a operar nas águas ultraprofundas do pré-sal brasileiro, no Campo de Bacalhau, esta unidade representa um marco significativo em termos de sustentabilidade e eficiência energética, de acordo com o site Offshore Energy.

Projeto Bacalhau: um investimento bilionário

O FPSO Bacalhau, que será implantado no campo de Bacalhau, recebeu luz verde após a decisão final de investimento (FID) da Equinor, da Noruega, em junho de 2021, envolvendo um investimento de US$ 8 bilhões. A MODEC foi encarregada de entregar essa unidade, marcando a primeira aplicação do casco M350, uma nova geração de cascos para FPSOs desenvolvida pela empresa japonesa.

Os módulos do FPSO deixaram o estaleiro tailandês da Aibel em 23 de janeiro de 2024 e seguiram para Cingapura, onde serão instalados a bordo da unidade. Após uma avaliação abrangente da mitigação de emissões de gases de efeito estufa (GEE), de acordo com as diretrizes da DNV, o FPSO Bacalhau se tornou o primeiro FPSO novo a receber a notação AiP para Abate. Esta notação exige um rigoroso gerenciamento dos sistemas de emissão e a implementação de medidas substanciais de redução para evitar a queima não emergencial e otimizar a eficiência na geração de energia e calor.

Sustentabilidade e baixa emissão

A embarcação, com 364 metros de comprimento, 64 metros de largura e 33 metros de profundidade, possui um calado projetado de 22,65 metros e uma área de convés de 17.400 metros quadrados. Essas dimensões são equivalentes a três campos de futebol padrão, posicionando o FPSO Bacalhau na vanguarda da indústria com as menores emissões de carbono por barril de petróleo produzido.

Eric Powell, vice-presidente e diretor de operações da MODEC Singapore, destacou: “Receber a notação DNV Abate é uma afirmação do nosso comprometimento com o desenvolvimento de um futuro sustentável. Fazemos a nossa parte na mitigação das mudanças climáticas minimizando gases de efeito estufa e outras emissões em nossas operações comerciais e cadeia de suprimentos, e desenvolvendo soluções de energia limpa para atingir metas globais.”

Capacidade e operação

Com uma capacidade de produção de 220.000 barris por dia, o FPSO Bacalhau será implantado no campo de Bacalhau, situado nas licenças BM-S-8 e Norte de Carcará, na região do pré-sal da Bacia de Santos, na costa do Brasil. A previsão é que o primeiro óleo seja extraído em 2025. As reservas recuperáveis, incluindo a área de Bacalhau Norte, são estimadas em mais de dois bilhões de barris de óleo equivalente (boe). A Equinor opera o campo em parceria com a ExxonMobil, Petrogal Brasil e Pré-Sal Petróleo SA (PPSA).

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Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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