Produtores brasileiros de petróleo estão em um novo ciclo, segundo o presidente da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo e Gás (Abpip), Marcio Felix.
Durante o programa de desinvestimentos 2016-2022 da Petrobras, as empresas independentes de petróleo e gás tiveram sucesso comprando áreas terrestres maduras e explorando novos mercados, como o mercado de gás natural. Entretanto, agora devem se preparar para uma nova era sem os benefícios da venda de novos ativos, o que requer ganhar eficiência, contribuir com a agenda ESG e trabalhar em conjunto com o governo para reduzir os requisitos para iniciar a produção de petróleo e gás.
De acordo com Felix, no setor onshore, algumas empresas independentes estão mais focadas em gás natural, que pode substituir outros combustíveis na transição energética. Empresas em áreas como Alagoas estão contribuindo com um forte compromisso social, revitalizando áreas exploratórias improdutivas. Há também projetos sendo considerados para a captura de carbono no Brasil.
Felix vê possibilidades de diversificação de fontes de energia, auxiliando na transição energética e ESG.
É possível criar um novo senso de propósito para a indústria de combustíveis fósseis, tornando-a híbrida e flexível. O Brasil tem muitas oportunidades para isso, os associados do setor onshore estão em locais que muitas vezes coincidem com o potencial eólico.
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Além disso, é necessário buscar o fator de recuperação [de petróleo] mais alto possível. As empresas independentes desempenham um papel na transição e muitas estão começando a se ver como empresas de energia, não apenas de petróleo e gás.
Felix afirmou que seu mandato como presidente da Abpip buscará um perfil mais conciliador. A Petrobras cumpriu seu ciclo de desinvestimentos, e espera-se que a empresa inicie uma nova rodada de vendas, mas na parte onshore, praticamente todos os ativos já foram colocados à venda.
Não adianta exaltar o passado. Fazer campanha por novos desinvestimentos não mudará a situação atual. É necessário esperar por novos movimentos além do que já está em andamento. É preciso ajustar as exigências e os prazos de investimento em exploração no Brasil. A exploração é muito rígida em termos de regulamentação e prazos. Esse prazo pode ser reduzido. A oferta contínua de blocos pela Agência Nacional do Petróleo também pode ser facilitada.
Felix ressalta que o desafio é que os requisitos para um poço produzindo 5 b/d são os mesmos de um poço produzindo 50.000 b/d, com uma mentalidade de produção offshore.
Áreas de baixa produção e baixo risco devem ser facilitadas. Para isso, é importante pensar em provisões temporárias para simplificar a questão. A oferta permanente da Agência Nacional do Petróleo visa simplificar, deixando os blocos disponíveis, mas tornou-se um leilão anual. Ainda precisaremos expandir nossa exploração, principalmente onde houver infraestrutura.
Com relação ao mercado de gás, Felix comenta que ele vai crescer. Temos elos intermediários emergentes na cadeia do gás, comprimindo, licuefazendo e entregando diretamente aos consumidores industriais em um modelo de livre mercado. Essa transformação é visível e crescerá ainda mais em breve.
Em resumo, os produtores brasileiros independentes de petróleo e gás estão enfrentando novos desafios e buscando novas oportunidades.
Estão comprometidos com a agenda ESG e a transição energética. Aos poucos, estão se tornando empresas de energia, não apenas de petróleo e gás.
Essa nova fase na produção de petróleo e gás é o resultado da mudança na dinâmica de desinvestimentos de alguns anos atrás. As empresas independentes estão se concentrando no mercado de gás natural, que é uma fonte de energia mais viável e menos poluente, além de possíveis projetos de captura de carbono. Essas empresas estão se comprometendo cada vez mais com a agenda ESG e reconhecendo o valor de se tornarem empresas de energia, não apenas de petróleo e gás.
O presidente da Abpip, Marcio Felix, destaca a importância de ajustar os requisitos e os prazos de investimento em exploração no Brasil.
Ele ressalta que, atualmente, a exploração é muito rígida em termos de regulamentação e prazos, o que pode afetar a produção de petróleo e gás no país. Para enfrentar esses desafios, áreas de baixa produção e risco devem ser facilitadas, com foco na expansão da exploração em áreas que já possuem infraestrutura.
Além disso, Felix menciona o mercado de gás como uma área que deve crescer. Ele observa que existem elos intermediários emergentes na cadeia do gás, comprimindo, licuefazendo e entregando diretamente aos consumidores industriais em um modelo de livre mercado.
De uma forma geral, os produtores brasileiros independentes de petróleo e gás estão em constante evolução, enfrentando novos desafios e buscando novas oportunidades. Eles têm um forte compromisso social, revitalizando áreas exploratórias improdutivas e, aos poucos, estão se tornando empresas de energia, contribuindo para a transição energética e a agenda ESG.