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Privatizações no Paraná: em 2022, refinarias da Petrobras, Compagas e Ferroeste devem ser vendidas

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 20/01/2022 às 18:58
Petrobras - Paraná - privatizações
Ferroeste em Guarapuava -04/04/2019 – Foto: Jaelson Lucas/ANPr

Refinarias da Petrobras, Compagas e Ferroeste são empresas previstas para privatizações em 2022

O setor de infraestrutura no Paraná seve sofrer privatizações em 2022 – a expectativa é de que as vendas de refinarias da Petrobras e as empresas Compagas e Ferroeste sejam efetivadas. O primeiro leilão previsto é o da Nova Ferroeste, que deve acontecer no segundo trimestre deste ano. O vencedor irá construir a ferrovia e poderá explorar o trecho durante 70 anos.

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Ferroeste

A ferrovia irá ligar Maracaju (MS) a Paranaguá (PR), com 1.304 quilômetros de extensão de trilhos. O único trecho que já existe é o que une Cascavel a Guarapuava, com um total de 248 quilômetros. Todos os outros precisarão ser construídos. O projeto, que já foi apresentado a investidores nacionais e internacionais, tem o total aproximado de R$ 29,4 bilhões a serem investidos para a construção.

No primeiro ano depois de ser concluída, a Nova Ferroeste deve transportar 38 milhões de toneladas de produtos. Ao final de 60 anos, esse número quase triplicaria, reduzindo em 30% o custo do transporte, que prevalece atualmente no modal rodoviário.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) já autorizou, em dezembro, os quatro ramais ferroviários previstos (Cascavel – Foz do Iguaçu, Cascavel – Chapecó, Dourados – Maracaju e Guarapuava Paranaguá).

O próximo passo é aguardar a aprovação do Estudo de Impacto Ambiental pelo Ibama, cuja previsão é de que aconteça nos próximos dias. Feito isso, ocorrerão audiências públicas e a expedição da licença prévia, que deve sair em abril, para dar início às obras. “Isso agrega segurança jurídica para o empreendimento, o que é importante para atrair investidores”, declarou o coordenador do Plano Estadual Ferroviário, Luiz Henrique Fagundes.

Privatização de refinarias da Petrobras

A Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), de São Mateus do Sul, e a Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), de Araucária, ambas no Paraná, também estão em processo de privatização. Com valor de venda totalizando R$ 178,8 milhões, a SIX já teve o contrato fechado em novembro com a empresa Forbes & Manhattan Resources Inc. (F&M Resources), subsidiária integral da Forbes & Manhattan Inc. (F&M).

Depois de concluir a operação de privatização, a Petrobras seguirá atuando como prestadora de serviços durante um período transitório, o qual, segundo a empresa, será definido de acordo com a necessidade e não tem data de validade.

Já a privatização da Repar está prevista para acontecer no segundo semestre de 2022. As negociações começaram em 2020, mas as propostas apresentadas deixaram a desejar na avaliação econômico-financeira da empresa e o contrato não foi assinado. A Petrobras está retomando o processo, contudo não informa os dados por se tratarem de informações sigilosas.

Ações vendidas da Compagas

Para o segundo semestre deste ano também está prevista a venda de ações da Copel na Compagas. A Copel tem 51% das ações, enquanto os outros acionistas são o grupo japonês Mitsui e a Gaspetro, cada um com 24,5%. Antes do negócio ser fechado, as cláusulas do contrato devem ser revistas e o setor produtivo espera por um contrato mais justo, com diminuição no preço do insumo.

Indústrias de papel e celulose e cerâmica são as principais consumidoras de gás natural no Paraná, onde o produto é um dos mais caros do Brasil devido, principalmente, a alta taxa de distribuição.

Ao passo que Santa Catarina cobra R$ 0,40 por metro cúbico de gás transportado e a média nacional é de R$ 0,50, no Paraná é cobrado R$ 0,81. “O novo contrato vai valer por mais 30 anos. Por isso é muito importante que as regras sejam muito bem definidas agora”, destaca João Arthur Mohr, gerente de Assuntos Estratégicos da Fiep.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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