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Privatização das estatais é tema de debate em seminário no RJ

Escrito por Paulo Nogueira
Publicado em 16/03/2019 às 02:00
Atualizado em 20/03/2019 às 10:13

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Roberto Castello Branco, appointed by Brazilian President Jair Bolsonaro, takes office as president of the Brazilian oil company Petrobras at the company’s headquarters in Rio de Janeiro, Brazil on January 3, 2019. (Photo by Mauro Pimentel / AFP)

 Levy, Novaes, Castello Branco e Guimarães debateram na sexta-feira privatização das estatais em seminário A nova economia liberal no Rio.

O seminário A nova economia liberal que foi organizado pela Fundação Getulio Vargas teve como tema de debate a privatização de estatais. Castello Branco disse que, como liberal, é contrário à existência de “99,9% das empresas estatais”, com exceção do Banco Central. “Bancos públicos deveriam ser privatizados, o BNDES deveria ser extinto, e a Petrobras também privatizada”, afirmou.

No evento estava presente o presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, que defendeu a privatização da instituição. Segundo Novaes, mesmo privatizado, o banco cumprirá os objetivos do governo. Para Novaes, se o Banco do Brasil fosse privado, seria muito mais eficiente, teria mais retorno e poderia alcançar melhor os objetivos do governo, como o crédito agrícola.

Roberto Castello Branco, presidente da Petrobras, que também participou do seminário, revelou seu sonho de privatizar a estatal. O mesmo defendeu a privatização dos bancos públicos e a extinção do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Castello  projeta a venda de US$ 10 bilhões nos primeiros quatro meses deste ano, dentro do seu programa de desinvestimento. “Tudo vai depender do mercado, da velocidade que vamos conseguir imprimir ao portfólio de desinvestimento”, disse Castello. Em sua palestra, ele voltou a defender o foco no pré-sal, a venda de ativos, a desalavancagem e a disciplina de capital.

Pedro Guimarães, presidente da Caixa Econômica Federal, afirmou que a instituição opera áreas e tem ativos que não deveriam fazer parte da carteira de um banco, como ações da Petrobras. “Vai ter a saída da Caixa de todos os seguimentos que não são estratégicos. As aberturas de capital serão históricas. Tive 70 reuniões nos Estados Unidos durante o carnaval, nunca vi nada parecido, eles falaram que acreditam na estrutura e querem participar”, afirmou o presidente, acrescentando que o processo vai começar com a Caixa Seguridade, em setembro.

Levy presidente do BNDES disse estar se reunindo com investidores nacionais e estrangeiros com interesse no Brasil. “A gente tem que mobilizar esses recursos. Com esse choque liberal a gente dá oportunidades, opções para as pessoas colocarem os seus recursos em coisas que vão fazer o Brasil crescer”, afirmou.

“Usando os controles certos, tomando os riscos certos, para poder responder os desafios da infraestrutura. Estamos trabalhando com vários estados nesse sentido, empresas de gás, de energia. É para isso que o BNDES existe”, afirmou Levy.

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Paulo Nogueira

Com formação técnica, atuei no mercado de óleo e gás offshore por alguns anos. Hoje, eu e minha equipe nos dedicamos a levar informações do setor de energia brasileiro e do mundo, sempre com fontes de credibilidade e atualizadas.

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