A Usina nuclear flutuante russa Akademik Lomonsov; a primeira do tipo a ser construída, iniciou sua primeira viagem na semana passada até o Ártico.
A primeira usina nuclear flutuante produzida pela Rússia, foi batizada como Akademik Lomonsov, em homenagem àquele que o poeta Alexander Pushkin descreveu como o “primeiro cientista russo de projeção mundial, Milkhail Lomonosov. O Greenpeace o chama de “Chernobyl Flutuante”. No Brasil, contamos com a primeira usina solar flutuante no Nordeste, um projeto pioneiro no país.
A central nuclear flutuante russa; a primeira do tipo a ser construída, iniciou sua primeira viagem na semana passada deixando o porto de Murmansk, no Noroeste do país, em direção à Península de Chukotka, onde começará a funcionar em dezembro.
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Uma viagem de 5.000 km até a ponta oriental da costa ártica russa, que disparou os alertas de ecologistas. Eles veem um risco “desnecessário” de uma catástrofe nuclear.
Com dois reatores ela abastecerá uma pequena cidade de 4500 habitantes no Artico, onde há mineração de ouro e cobre.
O projeto e construção do Acadêmico Lomonosov levou uma década, mas seu périplo começou em abril de 2018, quando saiu de São Petersburgo em direção a Murmansk.
A cidade fica a menos de 600 km da remota base militar onde morreram cinco pessoas após o teste de um míssil nuclear, cujos detalhes são mantidos em sigilo pelo governo e que provocou um aumento nos níveis de radiação na área.
A Rosatom, a agência nuclear russa, insiste que o Acadêmico Lomonosov não afunda em nenhuma circunstância, nem mesmo em caso de um desastre natural, incorporando lições aprendidas no desastre de Fukushima, no Japão, em 2011.
As autoridades tentam evitar qualquer comparação com o acidente de Chernobyl, a central soviética onde, em 1986, ocorreu o maior acidente nuclear da História.
Além disso, as autoridades ressaltam a diferença entre os reatores: no caso do Lomonosov, são dois, de 35 MW cada, capazes de fornecer energia a uma cidade de 100 mil habitantes.
Greenpeace e outras organizações de defesa do meio ambiente insistem, por outro lado, na ameaça em torno da instalação, que precisa ser rebocada, a deixando vulnerável a ações terroristas.
Também questionam a necessidade de enviar estações nucleares flutuantes para gerar eletricidade em áreas remotas.
O Acadêmico Lomonosov, precisará ainda, em sete anos, trocar seu combustível nuclear, devendo ser levado novamente a Murmansk, algo que vai envolver novos custos e o risco de contaminação.
A construção do submarino nuclear brasileiro selou mais um avanço importante neste mês de agosto