Os investimentos da ArcelorMittal, no estado de Minas Gerais, são impulsionados pelo grande aumento da demanda de aços
Em entrevista concedida ao jornal O Tempo, Jefferson De Paula, novo presidente da ArcelorMittal, disse que a companhia siderúrgica pretende anunciar novos investimentos em mineração e aços longos em Minas Gerais. O novo CEO disse que a intenção é já colocar em funcionamento os aportes no início do próximo ano. Impulsionados com o aumento da demanda, o ciclo de expansão terá execução prevista para os próximos três anos em todo o país. Leia ainda esta notícia: Mais de 100 empregos serão abertos pela ArcelorMittal, com reativação de laminador em usina de Minas Gerais
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Além de Minas Gerais, a ArcelorMittal projeta investir também em outros estados
“Estamos terminando um estudo, que já está muito adiantado, em fase final, para fazer grandes investimentos no Brasil. Eu diria que são projetos vultosos e robustos para já começar no início do ano que vem, grande parte viria para Minas Gerais”, ressalta o CEO da ArcelorMittal.
“Nós somos uma empresa de sangue mineiro, vamos completar 100 anos em dezembro e nossa premissa é continuar nessa direção de estar a frente de seu tempo, permanecer inovadora. Nós acreditamos no Brasil, sabemos que tem dificuldades, mas queremos ter mais cem anos aqui”, destaca o CEO, que afirma não se assustar com a crise hídrica que assola o Brasil. “Não afetou a ArcelorMittal, acreditamos que o governo tem tomado as ações. Pelo menos 95% do nosso consumo de energia é renovável. Somos um grande consumidor, mas somos também um grande produtor”, pontua o novo presidente ao citar a usina de Tubarão, no Espírito Santo. “Temos vários projetos de energias renováveis, eólica, solar, seja em contratos de longo prazo ou em sociedade”, destaca.
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Investimentos em projetos focados na sustentabilidade
Com o objetivo de se tornar ainda mais sustentável, entre as metas do novo CEO da ArcelorMittal, está o compromisso do grupo de se tornar carbono neutro até 2050. O objetivo é reduzir as emissões de CO2, no Brasil, em 10% até 2030. Globalmente, o grupo já se comprometeu com investimentos de cerca de R$ 1,9 bilhão para o desenvolvimento de tecnologias de carbono neutro. “A nossa emissão no Brasil já é menor que a média mundial, porque dois terços da produção vêm da sucata que gera menos gases. Mas mesmo assim queremos reduzir ainda mais”, diz.
Segundo De Paula, o grupo ArcelorMittal pretende ainda acelerar a inclusão de mulheres nos quadros da companhia. Até 2030, a meta é ter 30% de força feminina em todas as áreas da empresa, incluindo as atividades operacionais, administrativas e cargos de liderança. Atualmente, dos cerca de 17 mil empregados da ArcelorMittal Brasil, 14% são mulheres. Na área operacional, 7% são mulheres, e em cargos de liderança, 9%.
Confira ainda: ArcelorMittal retomará produção de aço na unidade de Barra Mansa, no Rio de Janeiro. Cerca de 19 milhões de reais serão investidos e 150 empregos serão criados
A ArcelorMittal retomará as operações da aciaria na unidade de Barra Mansa (RJ), no segundo semestre deste ano. O empreendimento ainda demandará investimentos da ordem de R$ 19 milhões para a manutenção e reforma de equipamentos necessários para o início da produção. O retorno das atividades na aciaria, que está paralisada desde 2019, é motivado pelo aumento da demanda do mercado por aço e pelas perspectivas de crescimento econômico do país. Com a reativação da área, a estimativa é que sejam gerados 100 novos empregos diretos e 50 indiretos.
De acordo com a maior produtora de aço mundial, presente em mais de 60 países, o foco dos investimentos da unidade em Barra Mansa é atender, principalmente, a crescente demanda do mercado interno de aço. Os aportes serão destinados a projetos de segurança operacional e tecnológica dos equipamentos, com recursos para reestabelecer todo o sistema de captação e filtragem da aciaria e garantir melhor adequação ambiental.