Preço médio dos combustíveis deve continuar elevado. A Petrobras não prevê para um curto espaço de tempo a redução do preço do barril de petróleo no mercado internacional
Os preços dos combustíveis não param de aumentar, afetando diretamente a vida dos brasileiros de todas as situações sociais. Somente entre os meses de janeiro e setembro, o preço da gasolina aumentou 28%, enquanto o diesel subiu nada menos que 32%. Mesmo com a situação tão complicada, a Petrobras ainda não vê uma redução em um futuro próximo.
Segundo Sandro Barreto, gerente-geral de Comercialização no Mercado Interno da Petrobras, a tendência é que se mantenha a tendência de alta nos preços dos combustíveis devido as flutuações do preço do barril de petróleo no mercado internacional.
Vídeo: Petrobras comenta sobre o aumento dos combustíveis em 25/10/2021
Na última quinta-feira, na comissão de defesa do Consumidor na Câmara dos Deputados, Sandro Barreto explicou que a chegada do inverno no Hemisfério Norte, aliado a aceleração da produção global com a reta final da pandemia, aumenta a demanda pelo petróleo em todo o mundo.
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Enquanto isso, Bruno Caselli, coordenador de Defesa da Concorrência da Agência Nacional do Petróleo (ANP), disse que o aumento de mais de 28% do preço do etanol nos últimos seis meses está relacionado a decisão das indústrias em fabricar açúcar ou álcool. Contudo, ele também destacou que o preço está refletindo o aumento global de todos os produtos do setor de energia.
Petrobras justifica preço dos combustíveis elevado
A Petrobras recebe críticas por conta do preço da gasolina em todo o país. Barreto afirmou que apenas R$ 2,18 do preço médio da gasolina no país, que é R$ 6,32, é referente a estatal. Impostos estaduais e federais correspondem a R$ 2,40, distribuidores e revendedores, R$ 0,69, e o anidro com R$ 1,06.
“O mercado de commodities é extremamente volátil, nervoso. Taxa de câmbio também tem uma variação bastante intensa, às vezes de um dia para o outro. E o que a Petrobras busca na sua política de preços é justamente evitar o repasse dessa volatilidade imediata para a sua precificação no mercado brasileiro”, completou Barreto em referência a política de preço da Petrobras.