No pré-sal, na Bacia de Santos, a Petrobras alocará o FPSO Carioca – a maior unidade em complexidade e em volume de produção de petróleo
O campo de Sépia, área da cessão onerosa do pré-sal da Bacia de Santos, dará início a produção no mês de agosto, pela Petrobras. O FPSO Carioca, que será responsável pela produção, deixou o Estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis, rumo à Bacia de Santos (a plataforma será a maior da Petrobras, tanto em termos de volume de produção quanto em complexidade). Veja ainda: Petrobras começará projeto de monitoramento sísmico no campo de Sapinhoá, no pré-sal, na Bacia de Santos
Sobre o campo de Sépia, operado pela Petrobras, na Bacia de Santos
Sépia é uma das áreas da cessão onerosa do pré-sal da Bacia de Santos. Em 17 de dezembro, o governo vai licitar – pela segunda vez – o volume excedente de petróleo para o projeto, junto com o campo de Atapu. A Petrobras já manifestou direito de preferência e será operadora da área com pelo menos 30% de participação.
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, já indicou que a expectativa do governo é que a concorrência de outras empresas no leilão será para atuar em conjunto com a Petrobras. Em entrevista à CNN, Bento diz que “Nenhuma empresa vai entrar nesse leilão sem ter participação da Petrobras, porque a Petrobras já está produzindo nesses campos. E ela é considerada a empresa de petróleo mais qualificada para fazer produção em águas profundas”.
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O FPSO Carioca
A capacidade de produção da unidade da Petrobras é de 180 mil barris de petróleo por dia, equivalente a aproximadamente 8% da produção de petróleo da companhia. O FPSO Carioca também pode processar 6 milhões m³ de gás natural por dia, contando com uma planta de processo de 40 mil toneladas para tratamento do óleo, do gás e injeção de gás e água nos reservatórios.
Esta será a maior plataforma em operação no Brasil em termos de complexidade e quando atingir o pico de produção, também será a maior unidade em termos de produção de petróleo. De propriedade da Modec, a unidade está afretada pela Petrobras para operar por 21 anos no campo de Sépia, no pré-sal da Bacia de Santos. A construção do FPSO começou em 2017 na China e importantes etapas do processo de construção da plataforma foram realizadas no Brasil, com conteúdo local. Dois módulos foram construídos no estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis, gerando aproximadamente 400 empregos diretos.
A Petrobras prevê investir US$ 46,5 bilhões na produção de petróleo e gás no Brasil até 2025. Atualmente, a companhia possui 21 plataformas em operação no pré-sal, que são responsáveis por 70% da produção de petróleo da companhia. O FPSO Carioca é uma das 13 novas plataformas da Petrobras que entrarão em produção no pré-sal de 2021 a 2025.