Saques da poupança chegam a R$ 78,5 bi em 2025. Com a Selic alta, investidores buscam alternativas mais rentáveis como CDB e Tesouro Direto.
Saques da poupança batem recorde em 2025 e investidores buscam alternativas mais rentáveis
A poupança teve uma das maiores retiradas de recursos dos últimos anos: R$ 78,5 bilhões saíram da caderneta entre janeiro e setembro de 2025, segundo dados do Banco Central, divulgados nesta quarta-feira (8).
O valor representa um aumento de quase 400% em relação a 2024, quando a saída líquida foi de R$ 15,4 bilhões em todo o ano.
O fenômeno está diretamente ligado ao cenário econômico: inflação elevada, taxa Selic em 15% ao ano e rendimentos baixos da poupança têm levado famílias e investidores a migrar seus recursos para aplicações mais rentáveis ou simplesmente sacar o dinheiro para despesas imediatas.
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Somente em setembro, foram R$ 371,6 bilhões em saques, contra R$ 356,6 bilhões em depósitos. O movimento reflete um comportamento crescente de realocação financeira e de busca por melhores oportunidades no mercado de investimentos.
Inflação alta e Selic em 15% impulsionam saídas da poupança
De acordo com o especialista em renda fixa do Inter, Rafael Winalda, o aumento nos saques tem múltiplas explicações.
“Essa evasão pode ser dada por vários motivos, não só uma realocação melhor da carteira dos investidores, mas também como necessidade”, explica.
Com o IPCA estimado em 5,13% e a Selic mantida em patamares elevados pelo Banco Central, a poupança se tornou ainda menos atraente. Isso porque seu rendimento básico é de 0,5% ao mês + Taxa Referencial (TR) — que atualmente está próxima de 0%.
Ou seja, o retorno real fica bem abaixo de outros instrumentos de investimento disponíveis no mercado.
CDB: alternativa popular e segura para começar a investir
Para quem deseja sair da poupança com segurança, o Certificado de Depósito Bancário (CDB) é uma das opções mais indicadas. Ele é protegido pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) e costuma render mais que a poupança, por estar indexado a indicadores como CDI, Selic ou inflação.
“O CDB é uma Selic pós-fixado. Vai ter um rendimento bem melhor do que essa poupança e você vai ter liquidez, vai ter segurança, vai contar com o FGC”, afirma Winalda.
Além disso, os CDBs permitem ao investidor criar reservas de emergência sem abrir mão da rentabilidade, com liquidez diária em muitos casos.
CRIs e CRAs: aplicações para o longo prazo e isentas de IR
Outro caminho para quem busca diversificar investimentos são os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e do Agronegócio (CRA). Esses títulos são atrelados à Selic ou à inflação + uma taxa pré-fixada e têm como diferencial a isenção de Imposto de Renda.
Por não contarem com proteção do FGC, oferecem retornos mais altos para compensar o risco adicional.
“No longo prazo é interessante investir visando a inflação. Você vai montar sua carteira com boa parcela em inflação, o famoso IPCA+”, explica o especialista.
Essa modalidade costuma atrair investidores com perfil mais moderado ou arrojado, que desejam ganhos reais acima da inflação.
Tesouro Direto: segurança máxima e liquidez diária
Quando o assunto é segurança, o Tesouro Direto é considerado o investimento mais confiável do país, já que é garantido pela União.
Existem três principais modalidades:
- Tesouro Selic: com liquidez diária e rendimento atrelado à taxa básica de juros;
- Tesouro Prefixado: com taxa conhecida no momento da aplicação;
- Tesouro IPCA+: com rentabilidade acima da inflação.
“Quem garante esse investimento é o governo federal, e ele é o dono do jogo. Ele vai te pagar com toda certeza”, afirma Winalda.
Vale lembrar que, ao contrário dos CRIs e CRAs, os títulos do Tesouro Direto estão sujeitos à tributação regressiva de Imposto de Renda, que diminui conforme o prazo da aplicação aumenta.
Renda variável: oportunidade para perfis mais arrojados
Para investidores dispostos a correr mais riscos em busca de rentabilidades maiores, a renda variável pode ser um caminho. Segundo Winalda, esse perfil precisa suportar oscilações de curto prazo, comuns no mercado de ações.
Uma alternativa para quem deseja começar são os Fundos Imobiliários (FIIs), que oferecem volatilidade semelhante ao mercado de ações, mas com distribuição recorrente de rendimentos. Outra opção são os fundos de investimento, ideais para quem não tem tempo ou experiência para acompanhar o mercado diariamente.
“Os fundos são uma alternativa interessante, onde você tem uma equipe especializada com gestor e analistas que ficam observando o mercado”, reforça o especialista.
Brasileiros buscam diversificar para proteger patrimônio
O movimento recorde de saques da poupança em 2025 evidencia uma mudança no comportamento dos brasileiros. Com a inflação em alta e a Selic elevada, manter recursos parados na caderneta representa perda de poder de compra.
Por isso, cada vez mais pessoas estão migrando para investimentos mais eficientes, como CDBs, Tesouro Direto, CRIs e CRAs, equilibrando segurança, liquidez e rentabilidade.
Para quem ainda está começando, especialistas recomendam dar pequenos passos, priorizando aplicações conservadoras antes de se aventurar na renda variável.
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