Força Aérea Brasileira realiza simulação de interceptação e detalha o rigoroso esquema de segurança que será implantado no Rio de Janeiro durante a cúpula de líderes mundiais.
Com a aproximação da cúpula do Brics em outubro, os céus do Rio de Janeiro estarão sob uma vigilância sem precedentes. A Força Aérea Brasileira (FAB) já está em fase de preparação avançada, simulando o acionamento de caças com mísseis no Rio para garantir a defesa aérea. A operação criará zonas de exclusão e terá aeronaves prontas para decolar em minutos.
FAB em alerta máximo: simulação de combate testa defesa para a cúpula
Para garantir que tudo funcione perfeitamente, o Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) já realizou um treinamento de Defesa Aérea. A simulação ocorreu na Base Aérea de Santa Cruz (BASC) e testou toda a cadeia de comando e controle, desde a detecção de uma aeronave não identificada até a sua interceptação.
Neste exercício, um caça F-5M foi acionado para interceptar um avião suspeito que invadiu o espaço aéreo protegido, validando a eficácia dos protocolos de segurança. O objetivo é proteger não apenas as autoridades e delegações, mas toda a população.
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F-5M e A-29 super tucano de prontidão
A defesa contará com duas aeronaves de alta capacidade. O caça F-5M, um jato supersônico, e o A-29 Super Tucano, turboélice de ataque leve, estarão posicionados para o policiamento do espaço aéreo.
Essas aeronaves ficarão de prontidão para serem acionadas a qualquer momento pelo Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1° GAVCA) e pelo Esquadrão Escorpião (1°/3° GAV).
Entenda o procedimento “Scramble” e o poder dos mísseis
Os caças com mísseis no Rio estarão armados com projéteis de curto e médio alcance, prontos para neutralizar ameaças que não obedeçam às ordens. A decolagem de alerta, conhecida militarmente como “scramble”, é um procedimento de acionamento rápido que coloca o caça no ar em poucos minutos para uma missão de interceptação. Isso garante uma resposta imediata a qualquer violação do espaço aéreo.
As áreas vermelha, amarela e branca no espaço aéreo
Durante o evento, o COMAE vai delimitar três áreas específicas sobre a cidade para controlar o tráfego aéreo:
- Área Vermelha (Proibida): Sobrevoo totalmente proibido, exceto para aeronaves da segurança e de chefes de Estado.
- Área Amarela (Restrita): Aeronaves precisam de autorização e identificação prévia para circular.
- Área Branca (Reservada): Aeronaves podem voar, mas estão sujeitas a regras de identificação e controle.
Qualquer aeronave que desrespeitar essas regras será classificada como tráfego aéreo suspeito e estará sujeita às medidas de defesa aérea, que podem culminar em uma interceptação.