A Universidade de Concórdia recebeu uma certificação da Bureau de normalization du Québec que permite a comercialização de uma de suas descobertas para a limpeza de água de esgoto por intermédios mais práticos, baratos e sustentáveis ao meio ambiente. Agora, pode-se remover as bactérias patogênicas dos esgotos residenciais usando processos eletroquímicos em vez de fósforo, que faz com que o número de algas proliferem-se e descarreguem impactos negativos sobre a cadeia marítima, prejudicando a sustentabilidade e o meio ambiente.
Maria Elektorowicz, professora de engenharia ambiental, foi responsável por realizar o desenvolvimento de uma tecnologia que permite mais economia e diminuição dos efeitos colaterais do tratamento de água de esgoto no meio ambiente. Atualmente, as águas residuais de muitos países são tratadas com o uso de nitrogênio e fósforo, que ajudam a acelerar a decomposição de moléculas orgânicas sobre a molécula de H2O. Mas, essas duas substâncias fazem com que haja o nascimento de muitas algas marinhas (que servem para eliminar oxigênio e auxiliar na decomposição) e desequilibram a vida marinha.
Elektorowicz atua com pesquisas que analisam as interações biológicas e químicas do tratamento de água há mais de 30 anos. A nova descoberta da universidade permitirá que haja mais economia nos processos, agilidade e eficácia ao fazer o uso de energia em vez de produtos químicos.
Descoberta inovadora para tratamento de água e indústria
A descoberta foi inovadora porque, conforme a instituição, até então, a única forma de diminuir os impactos deixados pelo tratamento de água eram relacionados ao uso de mais produtos químicos. O que, a longo prazo, também seriam negativos para o meio ambiente, principalmente com a possibilidade de escassez de mercado. Tentar diminuir os impactos do tratamento de água fazia com que as empresas tivessem um gasto muito maior do que o desejado, assim, descobrir uma metodologia diferente e barata era essencial para processos mais sustentáveis.
-
Essa nova marca de celular chegou ao Brasil com bateria inovadora de silício-carbono, capaz de durar até três dias com uma única carga e poucos sabem disso
-
Pedido de casamento em uma ‘caverna de queijo’ levou à descoberta de fungos evoluindo diante dos olhos dos cientistas e desafiando a própria noção de tempo biológico
-
Sem bateria? Google Maps deve ganhar modo de economia de energia que pode salvar sua navegação mesmo com 1% de carga
-
Projeto para resfriar o planeta com aerossóis na estratosfera divide cientistas e pode sair do controle, gerando desequilíbrio climático global e consequências desastrosas para países tropicais e polares
Universidade de Concórdia desenvolveu um processo eletro biorreator (EBR): o que é isso?
A Universidade de Concórdia desenvolveu um processo eletrobiorreator (EBR), um maquinário que elimina baixa voltagem na água a ser tratada, conseguindo, assim, reduzir exponencialmente a carga das substâncias. As pesquisas mostram que o EBR consegue destruir por completo as moléculas de fósforo utilizadas para o tratamento ao mesmo tempo em que reduz as emissões de amônia e derivados em até 99% em apenas uma unidade de operação.
Hoje em dia, existem tecnologias que auxiliam na decomposição da amônia no meio ambiente, fazendo com que ela se torne atóxica. No entanto, a produção destas tecnologias fazem com que os processos se tornem mais caros para a indústria, ocasionando efeito dominó. Muitos ramos da ciência já estudam formas de diminuir os impactos da amônia sobre o meio ambiente, um exemplo recente disso vem sendo a Bureau Veritas e Total Energies que estudam métodos para diminuir os impactos em caso de uso da amônia como combustível marítimo de modo a reduzir as emissões de dióxido de carbono e bater as metas climáticas até 2030. .
Quando a nova tecnologia chega ao Brasil?
A Universidade de Concórdia não informou quando as tecnologias desenvolvidas no espaço privado estarão disponíveis para uso dos demais países. Por isso, não há expectativas, por enquanto, de que a descoberta chegue para inovar o mercado de tratamento de água no Brasil.
Catherine Gagnon, vice-presidente de desenvolvimento de negócios da Axelys, afirma, entretanto, que o projeto está passível de patente e todos os processos começaram a ser realizados para tal.



Seja o primeiro a reagir!