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Por R$ 325 milhões, Engie conclui venda da Usina Termelétrica Jorge Lacerda à Fram Capital

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 20/10/2021 às 13:33
Engie – usina – termelétrica
Usina Jorge Lacerda/ Fonte: ND Mais

A venda da usina termelétrica a carvão da Engie envolveu ainda a opção de compra de projeto de futura UTE a gás, no estado de Santa Catarina

A Engie concluiu a venda para a FRAM Capital do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, localizado em Capivari de Baixo, no Sul do estado de Santa Catarina. A usina termelétrica tem capacidade instalada de 857 MW. O preço de aquisição de 100% da participação acionária da empresa controlada, Diamante Geração de Energia, detentora do CTJL, é de até R$ 325 milhões, dos quais R$ 210 milhões foram pagos no fechamento da operação e R$ 115 milhões estão sujeitos ao cumprimento de determinadas condições precedentes, às quais devem ser concretizadas até o final de 2022.  Leia ainda esta notícia: Usina termelétrica no Mato Grosso do Sul será reativada e ajudará no fornecimento de energia diante de crise hídrica

O desinvestimento faz parte para a Engie tornar-se carbono neutro

Para Eduardo Sattamini, Diretor-Presidente e de Relações com Investidores da Engie Brasil Energia, a conclusão da venda do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda é positiva para os planos da Engie de direcionar operações e investimentos aos projetos de energia renovável e infraestrutura de transmissão.

Segundo o executivo da Engie, a venda da usina termelétrica também é importante para que a economia da região Sul de Santa Catarina se reinvente, possibilitando uma transição socialmente justa e reduzindo potenciais impactos em comparação a um processo de descontinuidade das operações no curto prazo.

Opção de compra de outra usina termelétrica

Adicionalmente, a Engie concedeu à Diamante Holding, uma opção de compra do Projeto da Usina Termelétrica Norte Catarinense, o qual compreende a futura implantação de uma usina a gás natural, com capacidade instalada de aproximadamente 600 MW, localizada no município de Garuva, na região norte do estado de Santa Catarina.

Com a venda de CTJL, cerca de 97% da matriz da ENGIE, no Brasil, passa a ser renovável, proveniente de fontes de geração hidrelétrica, eólica, solar e biomassa. Outro ativo da Companhia que opera a carvão é a Usina Termelétrica Pampa Sul, com capacidade instalada de 345 MW, e que também está à venda, em linha com a estratégia global do Grupo para saída das operações a carvão até 2027, em todo o mundo.

Confira ainda: Engie apresenta plano de demissão voluntária em suas usinas termelétricas e outros ativos pelo país

A Engie Brasil Energia aprovou um Programa de Demissão Voluntária (PDV), para colaboradores da sede, das usinas termelétricas e outros ativos da companhia em operação. O plano foi tratado em uma assembleia, que contou também, com a presença de trabalhadores da empresa.

Em um comunicado emitido ao mercado, a Engie destacou que o programa de demissão voluntária irá proporcionar um “planejamento de sucessão e transição de carreira de maneira harmônica para aqueles que estiverem interessados em aderir ao programa”.

A Engie Brasil Energia ainda nega que o plano de demissão voluntária aprovado tenha relação com o processo de descarbonização pretendido pela companhia no Brasil, que envolve, entre outras ações, a venda ou desativação da usina de Capivari de Baixo. A companhia ainda diz que os trabalhadores acreditam que a atitude corrobora para que a companhia se afaste da administração da termelétrica.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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