A venda da usina termelétrica a carvão da Engie envolveu ainda a opção de compra de projeto de futura UTE a gás, no estado de Santa Catarina
A Engie concluiu a venda para a FRAM Capital do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, localizado em Capivari de Baixo, no Sul do estado de Santa Catarina. A usina termelétrica tem capacidade instalada de 857 MW. O preço de aquisição de 100% da participação acionária da empresa controlada, Diamante Geração de Energia, detentora do CTJL, é de até R$ 325 milhões, dos quais R$ 210 milhões foram pagos no fechamento da operação e R$ 115 milhões estão sujeitos ao cumprimento de determinadas condições precedentes, às quais devem ser concretizadas até o final de 2022. Leia ainda esta notícia: Usina termelétrica no Mato Grosso do Sul será reativada e ajudará no fornecimento de energia diante de crise hídrica
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O desinvestimento faz parte para a Engie tornar-se carbono neutro
Para Eduardo Sattamini, Diretor-Presidente e de Relações com Investidores da Engie Brasil Energia, a conclusão da venda do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda é positiva para os planos da Engie de direcionar operações e investimentos aos projetos de energia renovável e infraestrutura de transmissão.
Segundo o executivo da Engie, a venda da usina termelétrica também é importante para que a economia da região Sul de Santa Catarina se reinvente, possibilitando uma transição socialmente justa e reduzindo potenciais impactos em comparação a um processo de descontinuidade das operações no curto prazo.
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Opção de compra de outra usina termelétrica
Adicionalmente, a Engie concedeu à Diamante Holding, uma opção de compra do Projeto da Usina Termelétrica Norte Catarinense, o qual compreende a futura implantação de uma usina a gás natural, com capacidade instalada de aproximadamente 600 MW, localizada no município de Garuva, na região norte do estado de Santa Catarina.
Com a venda de CTJL, cerca de 97% da matriz da ENGIE, no Brasil, passa a ser renovável, proveniente de fontes de geração hidrelétrica, eólica, solar e biomassa. Outro ativo da Companhia que opera a carvão é a Usina Termelétrica Pampa Sul, com capacidade instalada de 345 MW, e que também está à venda, em linha com a estratégia global do Grupo para saída das operações a carvão até 2027, em todo o mundo.
Confira ainda: Engie apresenta plano de demissão voluntária em suas usinas termelétricas e outros ativos pelo país
A Engie Brasil Energia aprovou um Programa de Demissão Voluntária (PDV), para colaboradores da sede, das usinas termelétricas e outros ativos da companhia em operação. O plano foi tratado em uma assembleia, que contou também, com a presença de trabalhadores da empresa.
Em um comunicado emitido ao mercado, a Engie destacou que o programa de demissão voluntária irá proporcionar um “planejamento de sucessão e transição de carreira de maneira harmônica para aqueles que estiverem interessados em aderir ao programa”.
A Engie Brasil Energia ainda nega que o plano de demissão voluntária aprovado tenha relação com o processo de descarbonização pretendido pela companhia no Brasil, que envolve, entre outras ações, a venda ou desativação da usina de Capivari de Baixo. A companhia ainda diz que os trabalhadores acreditam que a atitude corrobora para que a companhia se afaste da administração da termelétrica.