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Por que tantas pessoas estão gastando até R$ 5 mil em máquinas de café para casa e ainda se preocupam com temperatura, moedor e até a água da torneira?

Escrito por Jefferson Augusto
Publicado em 14/07/2025 às 15:42
Máquina de café moderna com moedor e xícara servida em mesa de madeira, com plantação de café ao fundo ao amanhecer
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Com a popularização dos cafés especiais, consumidores do agronegócio e moradores de fazenda de café investem em moedores, temperatura ideal e equipamentos com motor potente para extrair o máximo sabor da bebida

A busca por um café de qualidade superior em casa tem levado milhares de brasileiros a investirem em equipamentos caros e a estudarem cada etapa da preparação. Um exemplo recente vem do canal “Não sou barista”, que voltou ao ar com um Q&A abordando dúvidas de seguidores sobre máquinas, moedores e práticas que prometem melhorar o resultado na xícara.

YouTube Video

O vídeo, publicado no YouTube, marca o retorno de uma das séries mais acompanhadas do canal. Entre perguntas técnicas e relatos pessoais, os apresentadores explicaram como equipamentos domésticos como Gaggia Classic, Mikoffee Apex V2 e Fiuco 15 bar entregam diferentes experiências no preparo do café espresso, com preços que variam de R$ 500 a R$ 5 mil.

A discussão girou em torno do chamado “sweet spot”, faixa de preço onde o custo-benefício atinge seu ápice. Segundo o criador, equipamentos por volta dos R$ 5 mil entregam uma performance muito próxima às máquinas profissionais, sendo uma escolha viável para quem deseja elevar o nível do café em casa sem gastar R$ 20 mil ou mais.

Além do preço, um ponto técnico abordado foi o desempenho dos moedores manuais e elétricos. O popular K2 da King Grinder, por exemplo, embora ainda funcional, tem sido preterido por modelos mais recentes como o Blade R3 da Tribomber, que promete melhor desempenho por um preço semelhante.

Investimento em conhecimento vale mais que o equipamento

Durante o bate-papo, uma das mensagens mais reforçadas foi que conhecimento supera o equipamento. Com boas práticas e domínio das variáveis, como moagem, temperatura e tempo de extração, é possível tirar excelentes cafés mesmo com modelos de entrada.

O público também trouxe questionamentos sobre a influência da temperatura da água em cafeteiras elétricas. Uma das dicas dadas foi utilizar água previamente aquecida para elevar o desempenho dessas máquinas simples. O apresentador mediu que uma cafeteira comum opera entre 80°C e 85°C, mas pode alcançar até 95°C com água fervente, otimizando a extração.

Outro detalhe técnico relevante discutido foi o alinhamento das lâminas de moedores como o DF64. Quando desalinhadas, podem gerar moagem inconsistente, impactando negativamente no resultado final. A recomendação é alinhar o equipamento para garantir uniformidade da granulometria e, consequentemente, um café mais equilibrado.

Experiência sensorial e rotina influenciam escolha do método

A escolha entre métodos coados ou espresso também dividiu opiniões no vídeo. Um dos participantes, estudante de Ciências Agrárias do sul de Minas, relatou estar em dúvida entre seguir explorando os métodos coados ou adquirir uma máquina de espresso, como a Fiuco 15 bar. Como nunca tomou um espresso de qualidade, a recomendação foi experimentar em cafeterias antes de investir.

Em contrapartida, para quem já domina o preparo e deseja explorar o espresso em casa, modelos como a Gaggia Classic e Mikoffee Apex V2 foram recomendados. A Mikoffee, em especial, se destacou pelo bom workflow, sendo ideal para preparar diversas bebidas consecutivas sem perda de desempenho.

Para muitos que vivem em fazendas de café ou trabalham no agronegócio, o contato direto com a produção tem despertado o interesse em também explorar o preparo em casa, indo além da torra tradicional. Máquinas com motor de alta rotação e controle de pressão têm sido preferidas por oferecer mais estabilidade na extração.

Café de qualidade exige precisão e técnica

A precisão se mostra essencial no mundo dos cafés especiais. A regulagem da moagem, controle de temperatura e fluxo de água são pontos frequentemente negligenciados por iniciantes. Pequenas variações nesses fatores podem alterar significativamente o resultado final na xícara.

Além disso, máquinas mais avançadas oferecem controle eletrônico e maior capacidade térmica, que se tornam vantajosos para quem busca consistência. Equipamentos com motor potente, por exemplo, mantêm a rotação constante e melhoram a performance ao longo de várias extrações.

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Jefferson Augusto

Profissional com experiência militar no Exército, Inteligência Setorial e Gestão do Conhecimento no Sebrae-RJ e no Mercado Financeiro por meio de um escritório da XP Investimentos. Trago um olhar único sobre a indústria energética, conectando inovação, defesa e geopolítica. Transformo cenários complexos em conteúdo relevante sobre o futuro do setor de petróleo, gás e energia. Envie uma sugestão de pauta para: jasgolfxp@gmail.com

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