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Por que dirigimos do lado oposto em alguns países? A curiosa história da “mão inglesa”

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 22/10/2024 às 21:56
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foto/reprodução: Luna seguros

Descubra as razões históricas e curiosidades por trás da direção à direita e o impacto dessa escolha no trânsito mundial: Tradição ou pura teimosia?

Você já se perguntou por que dirigimos em lados opostos dependendo do país? Esse fato curioso tem suas raízes profundas na história. A famosa mão inglesa — a direção à direita — é adotada em 76 países, principalmente ex-colônias britânicas como Austrália, Índia e Nova Zelândia. No entanto, há também exceções notáveis como o Japão, que, apesar de nunca ter sido colônia, mantém o sistema até hoje. Curiosidade: Portugal, Itália e Argentina também aderiram à mão inglesa por um tempo, mudando para a direção à esquerda no século XX.

Enquanto muitos países escolheram a direção à esquerda por questões de eficiência no trânsito, outros, como os Estados Unidos, adotaram o lado oposto para se distanciar do Reino Unido e fortalecer sua independência. Além disso, uma curiosidade prática da época era a disposição dos cocheiros em carroças, que sentavam à esquerda para facilitar a visão, enquanto o assistente controlava os cavalos à direita. Sim, dirigir naquela época também exigia “finesse“, de acordo com tupifm.

Mudanças que marcaram história: o dia H na Suécia

Alguns países enfrentaram transições impressionantes. A Suécia, por exemplo, dirigia pela mão inglesa até 1967, quando aconteceu a famosa operação “Dagen H” (ou Dia H), que transformou completamente o sentido do trânsito em um único dia. Às 11h30 do dia 3 de setembro, todos os veículos pararam para fazer a troca para o lado esquerdo da via, e assim, o caos foi evitado! Tudo precisou ser ajustado, desde faróis até placas, para garantir que os motoristas se adaptassem sem causar acidentes.

Adaptação nos veículos: quem disse que é fácil?

Se você acha que é só mudar o volante de lado, está enganado! A transição para carros de direção à direita envolve muito mais do que um simples espelhamento. Coisas como freio de mão, alavanca de câmbio e até a ergonomia dos controles internos precisam ser completamente redesenhados. Fabricantes de veículos enfrentam desafios técnicos e altos custos para adaptar a produção a diferentes mercados. Acredite, não é só uma questão de “girar” o volante.

A maioria dos controles permanece similar, como o pisca-pisca e a disposição dos pedais, mas a grande mudança é o local da alavanca de câmbio, que fica à esquerda do motorista, exigindo adaptação para quem está acostumado com o lado contrário. Parece simples, mas quando você tenta, percebe que não é bem assim!

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E nas fronteiras? Como funciona a troca de direção?

E quando um país dirige à direita e o vizinho à esquerda? Como você pode imaginar, a logística é uma loucura! Em fronteiras como entre a China e Macau, uma estrutura de transição foi desenvolvida para garantir que os veículos possam mudar de lado de forma segura e eficiente. Em regiões mais remotas, com tráfego reduzido, a adaptação é mais simples, mas em áreas urbanas densas, soluções criativas são necessárias para evitar confusões.

No fim das contas, a mão inglesa permanece uma tradição para alguns, um desafio para outros, mas, acima de tudo, uma curiosidade fascinante que continua a dividir o trânsito pelo mundo. Quer você esteja na Índia, no Japão ou na Austrália, saiba que dirigir “do lado contrário” é uma questão de história e cultura.

Fique atento na próxima vez que viajar para um país com direção diferente!

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Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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