Descubra as razões históricas e curiosidades por trás da direção à direita e o impacto dessa escolha no trânsito mundial: Tradição ou pura teimosia?
Você já se perguntou por que dirigimos em lados opostos dependendo do país? Esse fato curioso tem suas raízes profundas na história. A famosa mão inglesa — a direção à direita — é adotada em 76 países, principalmente ex-colônias britânicas como Austrália, Índia e Nova Zelândia. No entanto, há também exceções notáveis como o Japão, que, apesar de nunca ter sido colônia, mantém o sistema até hoje. Curiosidade: Portugal, Itália e Argentina também aderiram à mão inglesa por um tempo, mudando para a direção à esquerda no século XX.
Enquanto muitos países escolheram a direção à esquerda por questões de eficiência no trânsito, outros, como os Estados Unidos, adotaram o lado oposto para se distanciar do Reino Unido e fortalecer sua independência. Além disso, uma curiosidade prática da época era a disposição dos cocheiros em carroças, que sentavam à esquerda para facilitar a visão, enquanto o assistente controlava os cavalos à direita. Sim, dirigir naquela época também exigia “finesse“, de acordo com tupifm.
Mudanças que marcaram história: o dia H na Suécia
Alguns países enfrentaram transições impressionantes. A Suécia, por exemplo, dirigia pela mão inglesa até 1967, quando aconteceu a famosa operação “Dagen H” (ou Dia H), que transformou completamente o sentido do trânsito em um único dia. Às 11h30 do dia 3 de setembro, todos os veículos pararam para fazer a troca para o lado esquerdo da via, e assim, o caos foi evitado! Tudo precisou ser ajustado, desde faróis até placas, para garantir que os motoristas se adaptassem sem causar acidentes.
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Adaptação nos veículos: quem disse que é fácil?
Se você acha que é só mudar o volante de lado, está enganado! A transição para carros de direção à direita envolve muito mais do que um simples espelhamento. Coisas como freio de mão, alavanca de câmbio e até a ergonomia dos controles internos precisam ser completamente redesenhados. Fabricantes de veículos enfrentam desafios técnicos e altos custos para adaptar a produção a diferentes mercados. Acredite, não é só uma questão de “girar” o volante.
A maioria dos controles permanece similar, como o pisca-pisca e a disposição dos pedais, mas a grande mudança é o local da alavanca de câmbio, que fica à esquerda do motorista, exigindo adaptação para quem está acostumado com o lado contrário. Parece simples, mas quando você tenta, percebe que não é bem assim!
E nas fronteiras? Como funciona a troca de direção?
E quando um país dirige à direita e o vizinho à esquerda? Como você pode imaginar, a logística é uma loucura! Em fronteiras como entre a China e Macau, uma estrutura de transição foi desenvolvida para garantir que os veículos possam mudar de lado de forma segura e eficiente. Em regiões mais remotas, com tráfego reduzido, a adaptação é mais simples, mas em áreas urbanas densas, soluções criativas são necessárias para evitar confusões.
No fim das contas, a mão inglesa permanece uma tradição para alguns, um desafio para outros, mas, acima de tudo, uma curiosidade fascinante que continua a dividir o trânsito pelo mundo. Quer você esteja na Índia, no Japão ou na Austrália, saiba que dirigir “do lado contrário” é uma questão de história e cultura.
Fique atento na próxima vez que viajar para um país com direção diferente!