O objetivo do Governo Lula é garantir a suspensão da venda dos ativos da estatal durante a revisão da Política Energética Nacional. A Petrobras anunciou a solicitação do Ministério de Minas e Energia (MME), mas ressalta que a decisão não colocará em risco os interesses da empresa, mesmo com queda nas ações.
O mês de março já inicia com grandes conturbações na administração da petroleira estatal Petrobras. A companhia anunciou que o Ministério de Minas e Energia (MME) do Governo Lula solicitou a suspensão da venda de seus ativos pelos próximos 90 dias. Essa é mais uma decisão que impactará diretamente as ações e operações da empresa no mercado brasileiro em 2023.
Veja: Governo pede que Petrobras suspenda venda de ativos
Em meio a questões administrativas da estatal, Petrobras anuncia pedido do MME para a suspensão da venda de seus ativos pelos próximos 90 dias
A Petrobras iniciou 2023 com grandes problemas a serem enfrentados pelo novo presidente Jean Paul Prates. Entre eles, o retorno da cobrança dos impostos federais sobre os combustíveis e a alta nos preços dos produtos em todo o país estão em grande destaque.
Agora, a empresa anunciou mais uma decisão do Governo Lula que impactará diretamente as suas operações, a suspensão da venda de seus ativos.
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O MME solicitou à estatal que todos os processos de concessão de seus ativos sejam paralisados pelo prazo de 90 dias.
O objetivo é manter os empreendimentos sob o comando da estatal durante a revisão da Política Energética Nacional atualmente em curso e da instauração de nova composição do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
A Petrobras afirmou que as recomendações seguem os princípios legais do Governo Lula, sem colocar em risco os interesses internos da companhia.
Apesar disso, as ações da petroleira estatal estão reagindo à notícia em forte queda nesta quarta-feira. A venda de ativos para a expansão da produção da empresa no pré-sal brasileiro era a principal estratégia nos últimos anos.
No entanto, a nova decisão do MME sobre a venda dos ativos criou um cenário de incertezas quanto aos investimentos aplicados na empresa.
“O Conselho de Administração analisará os processos em curso, sob a ótica do direito civil e dentro das regras de governança, bem como eventuais compromissos já assumidos, suas cláusulas punitivas e suas consequências, para que as instâncias de governança avaliem potenciais riscos jurídicos e econômicos decorrentes, observadas as regras de sigilos e as demais normas de regência aplicáveis”, ressaltou a petroleira.
Nova solicitação do MME para a suspensão de ativos se une ao retorno da cobrança dos impostos federais do Governo Lula no impacto às operações da estatal
A recomendação do MME sobre a suspensão dos ativos da Petrobras pelos próximos três meses acontece em um momento conturbado para a empresa.
O Governo Lula decidiu retomar a cobrança dos impostos federais sobre os combustíveis a partir deste mês de março, impactando assim diretamente na venda dos produtos da empresa.
Esse é um cenário que ameaça os principais investidores da companhia, uma vez que seus ativos continuarão sobre o seu comando durante o novo governo.
A decisão do atual presidente sobre a volta da cobrança impactou diretamente nos preços dos combustíveis em todo o mercado nacional. A partir desta quarta-feira, os consumidores já sentem no bolso a alta nos valores dos produtos.
Dessa forma, a suspensão da venda dos ativos da companhia pode ser mais uma decisão conturbada do Governo Lula e do MME para a administração da Petrobras.