O plano de 100 dias visa melhorar a qualidade das rodovias e ferrovias do Brasil, e o governo, por meio do Ministério dos Transportes, priorizou ações para destinar cerca de 1,7 bilhão de reais ao setor rodoviário e ferroviário para restaurar e fortalecer obras, preparar estradas para o período chuvoso época, garantir a circulação das culturas, reduzir os acidentes graves.
Este valor permitirá a implantação, readequação e sinalização de 861 quilômetros até abril de 2023 para rodovias e ferrovias do Brasil. No mesmo período, 72 pontes e viadutos ainda serão construídos e modernizados. As principais entregas incluem 12 rodovias em todo o país. São elas: BR-432/RR, BR-364/AC, BR-116/CE, BR-101/SE, BR-116/BA, BR-080/GO, BR-101/AL, BR-381/MG , BR-, 447/ES, BR-163/PR, BR-470/SC e BR-116/RS.
Governo detalha as prioridades nas rodovias e ferrovias do Brasil. O ministro dos Transportes, Renan Filho, detalhou as prioridades dos setores ferroviário e rodoviário em entrevista coletiva na semana passada.
Segundo ele, o governo vai priorizar e potencializar o uso dos recursos existentes para obras estruturais. “Vamos investir em grandes corredores de transporte, auto estradas de via dupla e integração ferroviária para melhorar a competitividade da nossa economia. Estamos a reestruturar o ciclo de planeamento para os próximos quatro anos”, afirmou.
- Desabamento Dramático! Guindaste gigante colapsa no Porto de Keelung, esmaga contêineres e paralisa operações – O que vem a seguir?
- Ferrovia abandonada: Governo dispara investimentos milionários na Ferrovia Centro-Atlântica!
- Rodoanel Mário Covas: o projeto que prometia resolver o trânsito da cidade de São Paulo, mas virou um pesadelo sem fim
- Por que dirigimos do lado oposto em alguns países? A curiosa história da “mão inglesa”
Conforme explicou o ministro, estão previstos mais 670 quilômetros de obras nas rodovias e ferrovias do Brasil, atualmente paralisadas por falta de verbas, de revitalização, construção e troços críticos. Até o final de 2023, haverá mais de 100 vias expressas com velocidades mais lentas ou sem trechos.
Segundo o ministro, a ideia do governo é ampliar os investimentos para fortalecer a competitividade internacional e proteger as condições ambientais do país. “Nossa meta tem sido frear a involução da indústria nos últimos quatro anos. Estamos dispostos a aprimorar nossos procedimentos para atrair mais investimentos privados e trabalhar com recursos públicos”, concluiu.
O Ministério dos Transportes também recebeu sugestões de ações prioritárias por meio de consulta pública. Foram mais de 6.000 contribuições, a maioria voltada para a melhoria da competitividade da infraestrutura e logística no transporte de mercadorias e pessoas; promoção da segurança no trânsito; melhoria da qualidade da infraestrutura e serviços de transporte; e relacionadas à desburocratização e sustentabilidade.
Ministro dos Transportes quer novo modelo ferroviário e encara desafio de agregar à malha brasileira
Agenda transgovernamental, a expansão da malha ferroviária do país também tem destaque nos planos do novo ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB). Tal como acontece com outras medidas, o desafio para os ministros é realizar projetos que exijam financiamento significativo e, muitas vezes, o setor privado tem pouco apetite para assumir o risco.
Por isso, o ministro disse à Agência Estado que está avaliando seu portfólio, que seria a melhor forma de desenvolver modelos para atrair o setor privado com a participação do setor público – o que pode incluir projetos de parceria público-privada (PPP).
A Ferrogrão, necessidade histórica do agronegócio, também passou a fazer parte da agenda de Renan Filho, que encontrou uma forma de retomar o projeto paralisado por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro defendeu os benefícios da substituição do transporte rodoviário pelo ferroviário diante da resistência ambiental ao projeto.
Ele também elogiou o Marco Legal das Ferrovias e disse que a pasta queria melhorar o quadro normativo sem tocar no “coração” da lei. As ferrovias brasileiras têm baixa participação no transporte de cargas – menos de 20% da matriz. Diante do forte crescimento da produção de alimentos no país, Renan Filho destacou o “stress” que isso está causando nas rodovias.