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Plano de recuperação dos reservatórios de usinas hidrelétricas brasileiras, elaborado sob coordenação do Ministério de Minas e Energia, é aprovado pelo governo

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 14/07/2022 às 09:18
governo; usinas hidrelétricas; energia
Fonte: adobe stock

A preparação do documento foi feita por um grupo de trabalho comandado pelo Ministério de Minas e Energia e, segundo o governo, o seu objetivo é a recuperação gradual dos níveis de armazenamento dos reservatórios das usinas hidrelétricas do país

Nesta segunda-feira (dia 11), foi aprovada pelo governo a resolução que estabelece o plano de recuperação dos reservatórios de usinas hidrelétricas brasileiras. As diretrizes por trás deste plano foram debatidas em reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), e a sua elaboração havia sido instituída pela lei de desestatização da Eletrobras. No mês de abril, foi montado um grupo de trabalho para a preparação do documento.

Resolução deve aguardar a análise e aprovação do Presidente da República

O grupo de trabalho responsável pela elaboração do plano, denominado Plano de Recuperação dos Reservatórios de  Regularização de Usinas Hidrelétricas do País (PRR), foi coordenado pelo Ministério de Minas e Energia (MME), com participação também da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e do Ministério de Desenvolvimento Regional (MDR). 

O governo federal declarou, em nota, que o plano será favorável à estruturação de ações – entre as quais algumas já estão em andamento – visando à recuperação dos reservatórios das usinas hidrelétricas de regularização, mediante a realização de uma avaliação multisetorial que leve em conta tanto o suprimento energético nacional quanto a preservação dos usos da água.

Além disso, o governo informou, ainda, que, entre as metas previstas, encontra-se a recuperação gradual dos níveis de armazenamento dos reservatórios das usinas hidrelétricas brasileiras.

Sob esse viés, é válido destacar que, entre 2020 e 2021, o Brasil enfrentou a sua pior crise hídrica em 91 anos, o que ameaçou os reservatórios das usinas hidrelétricas e pôs em risco a integridade do Sistema Interligado Nacional (SIN).

Mais detalhes sobre o plano serão determinados pelo governo nos próximos dias

Em até 210 dias, o Ministério de Minas e Energia irá estabelecer e submeter à consulta pública as metas e os indicadores globais de monitoramento do plano. De acordo com o documento, a implementação contribuirá para o desenvolvimento de ações por parte de múltiplas instituições competentes, havendo o acompanhamento do MME, da EPE, do MDR e do ONS. O CNPE, por sua vez, ficará encarregado de avaliar o andamento dos trabalhos anualmente.

O governo ressalta, por fim, que a iniciativa apresenta grande importância, na medida em que auxiliará no aprimoramento da cooperação existente entre as avaliações do setor elétrico nacional e a administração dos diversos usos das águas. Dessa forma, serão proporcionados benefícios a serem notados por toda a sociedade, em termos de segurança hídrica e energética, o que estimulará o desenvolvimento socioeconômico brasileiro e a criação de empregos e renda.

Leia também esta matéria: Usinas hidrelétricas são protagonistas para atingir metas globais de enfrentamento das mudanças climáticas sintetizadas no Acordo de Paris, que pretende limitar o aumento da temperatura do planeta a 2º C neste século

As usinas hidrelétricas são essenciais para atingir as metas globais de enfrentamento das mudanças climáticas sintetizadas no Acordo de Paris, que pretende limitar o aumento da temperatura do planeta a 2º C neste século, mas preferencialmente a 1,5º C. A questão ficou evidente nos debates que contaram com a participação da Itaipu Binacional durante a COP 26, em Glasgow.

O assunto foi tema central do evento “Desenvolvimento de energia hidrelétrica: fornecimento de energia renovável e ambientalmente correta, garantindo a disponibilidade de água em longo prazo e prevenindo desastres naturais relacionados à água”, organizado pelo governo do Tadjiquistão e que contou com a participação de especialistas da Associação Internacional de Hidroeletricidade (IHA), Agência Internacional de Energia (IEA), Agência Internacional de Energias Renováveis (Irena), Itaipu Binacional, Instituto Internacional de Gestão da Água e Painel de Alto Nível de Expertos e Líderes em Água e Desastres.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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