O intuito é fazer com que as pessoas troquem o fogão convencional pelo movido à energia solar, como forma de economia e meio à alta no preço do gás de cozinha
A Universidade Estadual do Piauí (Uespi), em parceria com a concessionária Águas de Teresina e a Superintendência de Parcerias e Concessões do Piauí (Suparc) irão investir em fogões movidos à energia solar devido a alta no preço do gás de cozinha. Este é um projeto desenvolvido pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e tem como objetivo ajudar famílias de baixa renda, que tem sofrido com o aumento do preço do gás de cozinha e também da energia elétrica. A Águas de Teresina, que é responsável pelo abastecimento de água e coleta de esgoto no Piauí desde 2017, entrou no projeto para investir em programas sociais e também na conscientização ambiental. O consórcio ressalta que, diferente dos equipamentos a gás, a lenha ou elétricos, o fogão movido a energia solar não gera nenhum tipo de poluição.
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Projeto do fogão movido a energia solar da UFRN pode ser uma alternativa para substituir gás de cozinha
Simples e resistente, o fogão movido a energia solar não possui grandes mistérios. Segundo a UFRN, são necessários alguns espelhos, que devem ser colocados em forma semelhante à uma antena parabólica, o aparelho irá refletir os raios solares diretamente para um ponto focal, onde será colocada a panela.
Essa tecnologia já vinha sendo estudada pelo professor Luiz Guilherme Meira de Souza, coordenador do laboratório de máquinas hidráulicas da UFRN, além de ser um grande interessado em pesquisas sobre energia solar.
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Durante uma entrevista à BBC Brasil em 2018, o professor disse que não inventou o aparelho, mas que busca melhorias e aperfeiçoamento, para deixa-lo acessível aos que mais necessitam em meio a alta do gás de cozinha.
Viabilidade de comercialização do fogão solar e suas desvantagens
Basicamente, o custo do fogão movido a energia solar será em torno de R$ 700, mas tendo em vista que haverá produção em larga escala, esse valor poderá diminuir. O fogão movido a energia solar possui materiais que podem facilmente serem substituídos por sucata. Já a base do fogão pode ser feita de resina, fibra de vidro, dentre outros materiais.
Apesar de ser um ótimo projeto, existem desvantagem, como por exemplo o fato de que o fogão precisará ficar do lado de fora da casa, para absorver melhor a energia do sol, preferencialmente entre as 9hs e 14hs.
O fogão também não funcionará em dias nublados ou de chuva, justamente por não ter nenhuma ligação com a energia elétrica, sem falar que é necessário usar óculos escuros ou alguma outra proteção para os olhos, evitando que os mesmos sejam danificados.
Fogão solar da UFRN é alternativa sustentável e econômica
Não é de hoje que usar a energia solar para cozinhar vem sendo estudada. A Solar Cookers International, sediada na Califórnia (EUA), relata que esses tipos de equipamentos sejam essenciais para economizar energia elétrica, gás de cozinha e também acaba sendo um ótimo substituto da lenha, que pode causar diversos danos, não somente à natureza, devido a sua alta emissão de gases, mas também ao ser humano.
Essa troca de equipamentos contribuiria diretamente também para a diminuição do desmatamento e polução ambiental, além da preservação natural dos animais presentes nos campos e florestas.