O avanço nas cotações foi impulsionado pelas expectativas de um acordo entre Washington e Pequim e por sinais de restrição na oferta global da commodity.
Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta segunda-feira (9/6), dando continuidade à valorização de 6% acumulada na semana passada. O otimismo dos investidores se ancora nas negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China, além de indicativos de uma oferta mais restrita do produto no mercado global.
Cotações do Brent e WTI avançam com expectativas de acordo
O mercado de petróleo reagiu positivamente às conversas entre as duas maiores economias do mundo. Na Intercontinental Exchange (ICE), o petróleo Brent para entrega em agosto avançou 0,86%, sendo negociado a US$ 67,04 o barril. Já na Nymex, o WTI para julho subiu 1,10%, fechando a US$ 65,29 o barril.
O otimismo foi alimentado por uma reunião entre autoridades de ambos os países em Londres, ocorrida após um telefonema entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping na última quinta-feira (5). Investidores acreditam que um acordo comercial pode melhorar a perspectiva para a economia global e, consequentemente, aumentar a demanda por petróleo.
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Segundo Dennis Kissler, do BOK Financial, “o estágio das tarifas provavelmente será negociado em breve”.
Fatores de oferta e demanda que impulsionam o mercado do petróleo
Além do cenário comercial, outros fatores contribuíram para a alta dos preços. A queda no número de sondas de petróleo ativas nos Estados Unidos sinaliza uma possível contenção na oferta norte-americana.
Ao mesmo tempo, a demanda sazonal por combustíveis tende a aumentar com a chegada do verão no Hemisfério Norte. Kissler também aponta que a produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus Aliados (Opep+) continua abaixo das estimativas, o que ajuda a sustentar os preços.
Volatilidade marcada por dados da China no início do pregão
Apesar da alta no fechamento, o dia começou com perdas. O Brent e o WTI chegaram a recuar 0,6% no início do pregão. A queda momentânea foi uma reação à divulgação de dados fracos da balança comercial da China. As exportações do país cresceram 4,8% em maio, abaixo das expectativas. Além disso, as importações chinesas de petróleo diminuíram em relação ao ano anterior.
Tensões no Irã e o risco para a oferta global de petróleo
Um ponto de atenção para o mercado de petróleo vem do cenário geopolítico. O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, relatou que autoridades iranianas consideram desenvolver uma bomba atômica caso suas instalações nucleares sejam atacadas por Israel.
Se essa ameaça se concretizar, é provável que os EUA e seus aliados imponham sanções adicionais sobre o petróleo iraniano. Tal medida reduziria a oferta global da commodity, exercendo ainda mais pressão de alta sobre os preços.
Com informações de Dow Jones Newswires via site Eixos.