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Petrobras surpreende com queda de 23% e dívida bruta que ultrapassa R$ 315 bilhões de reais

Escrito por Flavia Marinho
Publicado em 18/05/2024 às 11:46
A Petrobras registrou um lucro líquido de R$ 23,7 bilhões no primeiro trimestre de 2024, o que representa uma queda de 23% em comparação ao quarto trimestre de 2023.

A Petrobras registrou um lucro líquido de R$ 23,7 bilhões no primeiro trimestre de 2024, o que representa uma queda de 23% em comparação ao quarto trimestre de 2023.

A Petrobras reportou um lucro líquido de R$ 23,7 bilhões no 1º trimestre de 2024 (1T24). Durante este período, a empresa também registrou um Fluxo de Caixa Operacional (FCO) de R$ 46,5 bilhões e um EBITDA ajustado de R$ 60 bilhões. O endividamento financeiro da companhia foi reduzido em US$ 1,1 bilhão, atingindo US$ 27,7 bilhões. A dívida bruta é de US$ 61,8 bilhões, incluindo os arrendamentos. Esses dados fazem parte dos Destaques dos Resultados Financeiros 1T24, divulgados na noite de segunda-feira (13/5).

“Continuamos comprometidos em executar e financiar os investimentos previstos, com disciplina de capital e geração de valor para acionistas e sociedade. Os resultados financeiros e operacionais da Petrobras no 1º trimestre de 2024 estão alinhados com a trajetória da companhia para cumprir seu Plano Estratégico (2024-28) de forma eficiente e sustentável. Mantivemos uma geração de caixa consistente, garantindo segurança para investimentos futuros, especialmente aqueles focados no crescimento da produção da empresa”, afirmou o presidente (na época) da Petrobras, Jean Paul Prates.

Petrobras retornou R$ 68,2 bilhões em tributos à sociedade

Durante o período, a Petrobras retornou R$ 68,2 bilhões em tributos à sociedade. Foram propostos dividendos de R$ 13,4 bilhões para o trimestre.

O lucro líquido de R$ 23,7 bilhões representou uma redução de 23% em relação ao 4T23. Os fatores que contribuíram para esse resultado incluem a desvalorização cambial no final do período, um volume menor de vendas de óleo e derivados – comum no primeiro trimestre devido à menor demanda por diesel -, e a redução do preço do petróleo e da margem de diesel. “A desvalorização cambial do real em relação ao dólar, juntamente com menores volumes de venda de óleo e derivados, e a redução do preço do petróleo e da margem do diesel, impactaram os resultados. Quando há desvalorização cambial, ocorre uma flutuação no demonstrativo financeiro devido à variação do câmbio, reconhecida por regra contábil, sem afetar o caixa da companhia.”, explicou o Diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores, Sergio Leite.

Investimentos no trimestre totalizou US$ 3 bilhões (cerca de R$15 bilhões), distribuídos entre Exploração e Produção; Refino, Transporte e Comercialização; e Gás e Energias de Baixo Carbono.

Um destaque nos resultados do 1T24 é o montante de investimentos, que totalizou US$ 3 bilhões (cerca de R$15 bilhões), distribuídos entre Exploração e Produção; Refino, Transporte e Comercialização; e Gás e Energias de Baixo Carbono. Em Exploração e Produção, foram investidos US$ 2,5 bilhões no desenvolvimento de grandes projetos que sustentarão a curva de produção nos próximos anos. Destacam-se os investimentos no Pré-Sal da Bacia de Santos (US$ 1,3 bilhão), especialmente nos campos de Búzios e Mero; e nos projetos do Pré e Pós-sal da Bacia de Campos (US$ 600 milhões), como os campos de Jubarte, Marlim, e Raia Manta e Pintada; além de investimentos exploratórios (US$ 200 milhões).

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No segmento de Refino, Transporte e Comercialização, os investimentos somaram US$ 360 milhões, com destaque para paradas programadas de refinarias e para o novo HDT da REPLAN. No segmento Gás e Energias de Baixo Carbono, os investimentos alcançaram US$ 100 milhões, com destaque para a unidade de processamento de Gás Natural do Rota 3.

A produção média de óleo, LGN e gás natural da Petrobras no 1T24 atingiu 2.776 milhões de barris de petróleo

A produção média de óleo, LGN e gás natural da Petrobras no 1T24 atingiu 2.776 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), um aumento de 3,7% em comparação com o mesmo período do ano anterior (1T23). Entre os principais fatores para essa variação estão a evolução da produção dos FPSOs Almirante Barroso, P-71, Anna Nery, Anita Garibaldi e Sepetiba, além da entrada em produção de 19 novos poços de projetos complementares nas Bacias de Campos (11) e Santos (8).

Outro marco do trimestre ocorreu em Búzios, onde a jazida compartilhada alcançou 1 bilhão de barris de óleo produzido, com cinco plataformas: P-74, P-75, P-76, P-77 e Almirante Barroso. Essa produção representa um marco para o setor.

No parque de refino, a Petrobras atingiu um FUT de 92%, com rendimento de 67% de Diesel, QAV e Gasolina, representando alta utilização com eficiência operacional e geração de valor.

A ampliação da oferta de produtos mais sustentáveis também foi um destaque, com o início da comercialização de Diesel R5 (com conteúdo renovável) em São Paulo e o estabelecimento de parcerias para a venda de asfalto CAP Pro W.

Para conferir a íntegra dos resultados do 1T24 da Petrobras, acesse o link disponibilizado pela empresa.

Flavia Marinho

Flavia Marinho é Engenheira pós-graduada, com vasta experiência na indústria de construção naval onshore e offshore. Nos últimos anos, tem se dedicado a escrever artigos para sites de notícias nas áreas da indústria, petróleo e gás, energia, construção naval, geopolítica, empregos e cursos. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal.

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