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Petrobras quer encontrar compradores para suas refinarias no Golfo

29 de outubro de 2019 às 10:57
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A Petrobras tem hoje um perfil de dívida elevado – de US$ 86 bilhões – então, além de abater este débito, a companhia precisa levantar recursos para investir em exploração e produção.

Em paralelo a visita do presidente Jair Bolsonaro aos Emirados, Roberto Ardenghy, diretor de Relacionamento Institucional da Petrobras, participou de um seminário de negócios do Brasil, neste domingo, 27, em Abu Dhabi, onde informou que a estatal petroleira busca por clientes para suas refinarias e parceiros para licitações nos países do Golfo. O Mercado de petróleo reaquece e já se prevê criação de 400 mil vagas de emprego.

“Viemos mostrar nossos ativos para venda e oportunidades de parcerias”, disse Ardenghy à ANBA. Segundo Ardenghy, a estatal busca parceiros para integrar consórcios com o propósito de disputar as próximas licitações de exploração e produção de petróleo e gás que vão ocorrer no Brasil.

“Há um grande interesse em refino aqui”, afirmou. Segundo ele, a Petrobras responde por 98% do refino no Brasil e quer vender metade de seus ativos na área. São refinarias no Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, Bahia, Rio Grande do Norte, Ceará e Amazonas.

Segundo o executivo há interesse de investidores da região do Golfo. “Há interesse e eu vim [aqui] para reforçar isto. Eles têm muita experiência na área de refino”, e acrescentou que o Brasil é atrativo, pois é o quinto maior mercado de refino no mundo.

O executivo afirma que a Petrobras terá duas opções de investimentos, uma ocorrerá em 06 de novembro, sendo “a maior rodada” de licitações do excedente da cessão onerosa de áreas do pré-sal, quando serão ofertados quatro campos “gigantes”,  e a outra oportunidade ocorrerá no dia seguinte, 07, que será a 6ª rodada de licitações do pré-sal no modelo de partilha de produção, organizada pela ANP.

No primeiro caso, Ardenghy afirma que, 14 empresas já estão habilitadas a participar e, no último, há 17 companhias habilitadas. Ele confirmou que existem conversas com empresas do Golfo sobre a formação de consórcios, e acrescentou que a companhia quer recursos para concentrar no que ele chamou de “maior província mineral do mundo” atualmente, que é o pré-sal.

“Há poços [no pré-sal] que produzem 58 mil barris por dia, só no Oriente Médio se produz mais. A produção média dos poços é de 17 mil barris diários”, afirmou.

Investidores dos Emirados foram convidados durante o seminário, a participar do leilão do pré-sal de 06 de novembro, pelo presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.  “Nos próximos dias teremos um dos maiores leilões do pré-sal de nosso País e convidamos todos a participar”, declarou o presidente. Lorenzoni caracterizou a licitação como “maior leilão ocidental de petróleo e gás”.

Da região, a Qatar Petroleum já saiu vencedora em quatro licitações de exploração e produção de petróleo realizadas no Brasil, em parceria com outras empresas.

O executivo disse ainda que a Petrobras tem hoje um perfil de dívida elevado – de US$ 86 bilhões – então, além de abater este débito, a companhia precisa levantar recursos para investir em exploração e produção. Para tanto, está promovendo “um processo forte de corte de custos” e de “desinvestimentos”, ou seja, a venda de ativos.

Este ano, até agora, a empresa arrecadou US$ 13,3 bilhões em “desinvestimentos”, e espera chegar a US$ 15 bilhões até o final de 2019.

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