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Petrobras pode deixar o Brasil de lado para explorar jazida na África com pelo menos 10 bilhões de barris de petróleo e gás! ‘A gente quer trabalhar no Brasil, mas se a gente não está sendo bem recebido, vamos para outro lugar’, diz diretora da estatal

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 28/07/2024 às 01:35

Uma descoberta impressionante pode mudar os rumos da Petrobras e do Brasil. Em meio a desafios internos, a estatal brasileira está prestes a tomar uma decisão que pode redirecionar seus investimentos para fora do país. A Namíbia, com suas vastas reservas de petróleo e gás, pode se tornar o novo foco da companhia.

Segundo informações divulgadas pela jornalista Marta Nogueira, do portal Terra, a Petrobras apresentou uma proposta não vinculante para adquirir uma participação no bloco exploratório de petróleo e gás Mopane, localizado na Namíbia.

A oferta veio após convite da empresa portuguesa Galp, que detém 80% do bloco e lançou, em abril, um processo para vender metade dessa participação.

Estima-se que o campo de Mopane contenha pelo menos 10 bilhões de barris de petróleo e gás equivalente, uma quantidade significativa que atraiu o interesse da Petrobras em meio a dificuldades enfrentadas para obter licenças ambientais no Brasil.

A diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Sylvia dos Anjos, revelou que a empresa brasileira foi procurada pela Galp devido à sua expertise em operações de águas profundas.

“Nós somos os melhores operadores de águas profundas… O normal é, quem quer um operador, vai procurar a Petrobras”, destacou Anjos. A parceria entre as duas companhias não é novidade; elas já colaboraram em diversos campos do pré-sal brasileiro, como Tupi, Atapu e Sépia.

Apesar do interesse internacional, a Petrobras enfrenta desafios internos. No Brasil, a greve do Ibama tem atrasado projetos importantes e a emissão de licenças, afetando diretamente a produção de petróleo.

Conforme vem divulgado o portal CPG, a Bacia da Foz do Rio Amazonas é uma área crítica, onde a Petrobras teve um pedido de licença negado em maio de 2023.

A empresa aguarda agora uma resposta para um pedido de reconsideração, visto que a região é considerada uma nova fronteira petrolífera com questões ambientais sensíveis.

Anjos expressou frustração com os obstáculos enfrentados no país, afirmando que a Petrobras “nasceu pra desenvolver o país” e que as dificuldades atuais são “inaceitáveis”.

A executiva deixou claro que, embora a empresa prefira investir no Brasil, está aberta a buscar oportunidades onde houver menos barreiras.

“A gente quer trabalhar no Brasil, mas se a gente não está sendo bem recebido, vamos para algum lugar, que a gente vai manter nossa produção”, afirmou.

Os impactos da greve do Ibama são significativos. O Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP) estima que a paralisação possa resultar em uma redução de 200 mil barris por dia na produção nacional, afetando principalmente os campos de Mero, Búzios e Marlim, que receberam novas plataformas no último ano.

Esse cenário reforça a importância da Petrobras em repor suas reservas petrolíferas, não apenas para garantir a continuidade da produção, mas também para financiar a transição energética futura.

A possível entrada da Petrobras no mercado africano de petróleo e gás pode representar uma mudança estratégica significativa para a companhia e o setor energético brasileiro.

A decisão, no entanto, ainda está em análise, e os próximos passos dependerão das negociações com a Galp e das condições oferecidas para a exploração do bloco Mopane.

Você acha que a Petrobras deveria investir em novas fronteiras de exploração fora do Brasil ou focar em resolver os problemas internos? Deixe sua opinião nos comentários!

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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