economia brasileira: a Black Friday.
Estamos na segunda metade do mês de novembro e o mercado está se organizando para o que a Genial Investimentos considera o evento mais significativo do ano para a Petrobras (PETR3; PETR4).
Trata-se da divulgação do Plano Estratégico 2024-2028 da empresa estatal. Esse plano, que ainda está em processo de elaboração, tem previsão para ser divulgado até o final deste mês e é aguardado com grande expectativa pelo mercado.
O ponto crucial do planejamento para os anos de 2024-2028 está centrado na projeção dos recursos a serem aportados pela empresa, bem como na sua destinação.
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Esse plano é o primeiro durante o mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, que expressou o desejo de expandir e diversificar os investimentos da Petrobras, com ênfase na crescente transição para fontes de energia mais limpas.
O temor dos investidores
Uma das principais inquietações do mercado em relação ao novo Plano Estratégico está relacionada ao possível aumento do volume de investimentos. A expectativa de chegar aos US$ 100 bilhões em investimentos pode impactar significativamente o fluxo de caixa da Petrobras nos próximos anos, o que poderia resultar em menor pagamento de dividendos aos acionistas, de acordo com a genial.
Segundo as estimativas da corretora, o rendimento em dividendos estaria abaixo dos 10%, o que seria considerado pouco atrativo para um caso de commodities maduro e com um crescente risco corporativo. Essa análise foi divulgada em um relatório na terça–feira (14).
A genial também destacou a evolução do endividamento bruto, enfatizando que caso alcance US$ 65 bilhões, a política de dividendos passa a ser de ‘apenas’ US$ 4 bilhões/ano (R$ 1,60/ação).
No mês de junho, a Petrobras teve a aprovação do conselho de administração para a revisão dos elementos estratégicos do plano, assim como o direcionador de capex (investimentos) de baixo carbono, que será de 6–15% do capex total nos próximos cinco anos.
Segundo a estatal, o capex de baixo carbono engloba projetos relacionados a energias renováveis e à descarbonização das operações.
A genial realizou simulações para diferentes cenários, mantendo as variáveis inalteradas com exceção dos investimentos, a fim de compreender as possíveis implicações do novo plano da Petrobras.
Projeções de Investimento para os Próximos Anos
No cenário inicial, os analistas projetam um fluxo de investimentos alinhado com o atual, estimando cerca de US$ 78 bilhões, juntamente com uma previsão de produção equivalente ao último PE.
Com base nos preços atuais, os analistas preveem um rendimento de fluxo de caixa livre de 18,1% até 2024. Levando em consideração a política atual de distribuição de dividendos, a expectativa de rendimento para os próximos dois anos é de 12,2–14,8%, de acordo com a corretora. Além disso, a curva de preços do petróleo Brent utilizada para as projeções é de US$ 85 a US$ 69 por barril entre 2024 e 2028.
No primeiro cenário, chamado de “otimista“, prevê–se um investimento de US$ 75 bilhões. Com base nessa projeção, a Petrobras teria um rendimento de fluxo de caixa livre de 18,5% para o ano de 2024. Também levando em consideração a atual política de distribuição de dividendos, o rendimento esperado seria de 12% para o próximo ano.
No segundo cenário, denominado “realista“, assume–se um investimento de US$ 85 bilhões. Nessa hipótese, a Petrobras negociaria com rendimento de fluxo de caixa livre de 16% para 2024. Levando em conta a política atual de dividendos, o rendimento esperado seria de 10,5% para o ano seguinte.
O terceiro e último cenário, conhecido como “pessimista“, pressupõe um investimento de US$ 100 bilhões. Dentro dessa perspectiva, a Petrobras negociaria com rendimento de fluxo de caixa livre de 12,8% para 2024. Considerando a política atual de dividendos, o rendimento esperado seria de 7% para o mesmo período.
Com a perspectiva de aumentar os investimentos, a genial aponta que os lucros distribuídos aos acionistas pela Petrobras serão menores no futuro.
Entretanto, a corretora ressalta que a questão principal está relacionada ao montante destinado para investimentos e como esse dinheiro será utilizado.
Os analistas destacam que o setor de Exploração & produção foi responsável pelos resultados expressivos da empresa, enquanto investimentos em outros segmentos tiveram desempenho negativo.
É fundamental considerar que realizar investimentos em áreas onde a empresa tem pouca expertise pode resultar em problemas tanto na execução do projeto quanto no risco de estourar o orçamento. Um exemplo claro disso são as refinarias desenvolvidas no passado pela empresa, que tiveram grande destaque pelas dificuldades enfrentadas, conforme destaca a genial.
Em caso de o pior cenário se concretizar, com um fluxo de US$ 100 bilhões, a distribuição de dividendos da Petrobras será impactada de forma negativa, resultando em um nível “insignificante“, conforme alertado pela corretora.
Recomendação da genial para as ações da Petrobras
A genial aconselha a manutenção das ações da Petrobras em sua carteira de investimentos. A instituição considera que o potencial de valorização das ações é limitado, estabelecendo um preço–alvo de R$ 38 para a empresa.
Fonte: Money Times