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Início Petrobras paralisa produção da Refinaria de Paulínia (Replan), por falta de escoamento em uma unidade

Petrobras paralisa produção da Refinaria de Paulínia (Replan), por falta de escoamento em uma unidade

12 de julho de 2021 às 17:32
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Petrobras – refinaria – produção
Refinaria de Paulínia (Replan)/ Fonte: Panorama Offshore

Com informações da Sindipetro, a refinaria da Petrobras já deixou de produzir aproximadamente 11 mil metros cúbicos de GLP e 75 milhões de litros de gasolina

Segundo publicado pela Sindipetro (Sindicato dos Petroleiros do estado de São Paulo), desde segunda-feira passada (5 de julho), a Refinaria de Paulínia (Replan) da Petrobras, paralisou a produção de uma unidade de Craqueamento Catalítico, a U-220, por falta de escoamento do gás liquefeito de petróleo (GLP). O sindicato ainda ressalta que em cinco dias, a Replan já deixou de produzir aproximadamente 11.000 de metros cúbicos de GLP e 75 milhões de litros de gasolina. Veja ainda: Para adequar e modernizar a Refinaria de Paulínia, Petrobras abre processo de licitação de equipamentos

Motivo da suspensão da produção da unidade na refinaria da Petrobras

De acordo com um operador da Replan, que preferiu não ser identificado ao Sidipetro, a paralisação da produção na unidade da refinaria da Petrobras foi uma decisão do governo de zerar o Imposto de Importação sobre a resina de polipropileno no início de abril. Elaborada pelo Comitê Executivo de Gestão (Gecex), ligado ao Ministério da Economia, a medida estipulou uma cota de 77 mil toneladas do produto, que é a matéria-prima utilizada na produção de máscaras de proteção contra o Sars-Cov-2, vírus causador da Covid-19.

Entretanto, tal medida afetou diretamente a Braskem, petroquímica controlada pela Odebrecht e também pela Petrobras, que produz o polipropileno. Como reação em cadeia, a Petrobras também foi afetada, por ser a fornecedora do propeno, insumo utilizado na fabricação do polipropileno. Por isso, o propeno foi incorporado ao GLP, que não encontrou logística de escoamento.

Riscos com a paralisação na produção da refinaria

Outro operador, ouvido pela reportagem da Sindipetro, chamou a atenção para o aumento da probabilidade de acidentes. Segundo o operador, as unidades da refinaria da Petrobras são projetadas para operarem ininterruptamente e, por isso, as paradas multiplicam os riscos de vazamentos, incêndios e falhas nas estruturas. A grande maioria dos eventos de grandes vazamentos e tragédias, ocorre em momentos nos quais as plantas de operação estão sob intervenção ou fora do regime normal de operação, diz o operador.

O petroleiro relata o ineditismo da situação, pois segundo ele, uma paralisação como essa, segundo os funcionários mais antigos, jamais ocorreu antes. O trabalhador da refinaria da Petrobras ainda ressaltou que a Replan possui um vasto parque de esferas de armazenagem.

Veja ainda: As refinarias da Petrobras que não serão vendidas, irão receber investimentos de US$ 300 milhões até em 2025

A Petrobras anunciou que pretende investir cerca de US$ 300 milhões nas refinarias que não estão nos planos de desinvestimentos. O anúncio da estatal foi feito no dia 24 de maio, e os aportes tem como principal objetivo aumentar a eficiência e desempenho dos ativos. As refinarias da Petrobras, que irão receber os investimentos são, Presidente Bernardes, Duque de Caxias, Capuava, Paulínia e Henrique Lage, todas elas distribuídas nos estados de São Paulo e no Rio de Janeiro.

A Petrobras anunciou um programa denominado de RefTOP – Refino de Classe Mundial, que tem como objetivo estar entre as melhores refinarias de petróleo no mundo. Tal programa faz parte do Plano Estratégico 2021-2025 da Petrobras, com aporte de US$ 3,7 bilhões, dos quais US$ 300 milhões serão destinados às refinarias.

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