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Petrobras e chinesa decidem pelo fim do Comperj, trabalhadores serão demitidos por falta de material e a petroleira Equinor está avaliando a viabilidade da Termoelétrica

Escrito por Flavia Marinho
Publicado em 12/12/2019 às 11:41
Atualizado em 04/01/2020 às 06:45
Comperj termoelétrica lubrificantes Petrobras

Parceria estratégica da Petrobras com a CNPC no Comperj mostraram a partir de avaliação técnica que o negócio não é atrativo financeiramente, trabalhadores relatam demissão em massa nos próximos dias

Após estudos elaborados pela Petrobras e a multinacional chinesa CNPC, as companhias concluíram que a construção de uma refinaria no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) é economicamente inviável. O anúncio foi dado nesta quarta-feira (11) pelo presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco. Veja também que a Petrobras agitou o mercado de petróleo e gás nos últimos dias.

Para ele, a petroleira não deveria investir em uma nova refinaria, visto que a Petrobras tem adotado medidas para reduzir sua presença no mercado de refino do Brasil, com a venda de oito de suas unidades em andamento. Castello Branco ainda acrescentou que a CNPC também não tinha muito interesse nesse negócio.

A Petrobras definiu um modelo de negociações para a sua parceria estratégica com a CNPC no complexo, no Rio de Janeiro, no mês de outubro de 2018. Realização de estudos para avaliação técnica do estado atual do Comperj, planejamento dos investimentos necessários à conclusão da obra e sua avaliação econômica estavam previstas no escopo do projeto.

Inicialmente, com 80% de participação da Petrobras e 20% da CNPC, o conceito era criar uma joint venture que seria responsável pela conclusão do empreendimento. Em 2015, a construção da refinaria foi interrompida estando com cerca de 80% avançada, devido operação da Lava-Jato, operação investigativa de crimes de corrupção envolvendo o projeto da Petrobras.

É importante ainda ressaltar que o gasoduto Rota 3 e a Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) do Comperj continuam em construção.

Trabalhadores do Comperj podem ser demitidos

Alguns de nossos contatos relataram o seguinte problema que está acontecendo no empreendimento, vamos deixar apenas um transcrição da mensagem que nos enviaram para que não haja erros de interpretação:

“Boa tarde Paulo, está acontecendo redução de quadro novamente da civil, solda e encanadores devido aos atrasos de materiais da tubulação, foram soldadores é encantadores também devido falta de materiais para a tubulação. Nos próximos dias, haverá redução em massa de todos estes cargos. As frentes de serviços estão fazendo dds de cada setor para explicar os motivos da redução. Os materiais eram para chegar desde setembro e estão chegando aos poucos, por isso o atraso da parte da tubulação.”

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Flavia Marinho

Flavia Marinho é Engenheira pós-graduada, com vasta experiência na indústria de construção naval onshore e offshore. Nos últimos anos, tem se dedicado a escrever artigos para sites de notícias nas áreas da indústria, petróleo e gás, energia, construção naval, geopolítica, empregos e cursos. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal.

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