Segundo a declaração da Petrobras, os preços abaixo do mercado podem comprometer as importações e os postos podem ficar sem combustível
Nesta quarta-feira (8), a Petrobras emitiu uma nota defendendo a permanência da Política de Paridade Internacional (PPI), criada e instaurada no governo de Michel Temer em 2016. O motivo? Segundo a grande petroleira, os preços abaixo do mercado poderiam gerar escassez nacional de abastecimento nos postos de combustíveis, uma vez que as importações cairiam e que apenas o petróleo nacional não é suficiente para tal.
Ainda segundo a nota, os preços com os reajustes permitem a qualidade do fornecimento de petróleo nacional e sua colocação em um meio competitivo no âmbito internacional para venda. Quer saber mais? Então continue a leitura da matéria.
Entenda melhor o que é o PPI e como ele funciona com a Petrobras no vídeo abaixo
PPI é essencial para segurança energética nacional e qualidade dos serviços de logística
Preços do petróleo que seguem o valor de mercado são essenciais para a continuidade do fornecimento integral e segurança energética nacional, sem que falte combustível nos postos.
- Impostos estratosféricos! Brasileiros pagam R$ 3 TRILHÕES em 2024 e Governo planeja novas taxas para desespero da população
- Novo exame psicológico para a renovação da CNH no Brasil: novos testes avaliam se o motorista está psicologicamente apto para encarar o trânsito
- Detran enviou notificações massivas a motoristas, informando sobre a suspensão e até a cassação de CNHs devido a infrações de trânsito em 2020
- Petrobras e Brasil boicotados pelo Ibama, diz ex-presidente do Senado! Estatal tenta explorar novo pré-sal, gerando 350 MIL novos empregos, mas esbarra na negativa do órgão
“Preços alinhados ao valor de mercado estimulam a produção e a concorrência no presente, assim como fomentam os investimentos que contribuirão para a expansão do volume produzido, para o alcance da qualidade exigida para os produtos, e para incremento da capacidade logística, com benefícios diretos ao consumidor”.
Petrobras, em nota emitida em 08 de junho de 2022
Ainda segundo a declaração, a estatal afirma que a guerra entre Rússia e Ucrânia trouxe impactos para o mundo todo, o que deve gerar uma desaceleração global e pressionar o ramo de combustíveis nos próximos anos. Além disso, o Brasil tem registrado um aumento de 30% na importação de diesel em 2021, o que é reflexo da sazonalidade nas atividades industriais e agrícolas.
“Diante desse quadro, é fundamental que a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado global seja referência para o mercado brasileiro de combustíveis, visando a segurança energética nacional”
Petrobras, em nota emitida em 08 de junho de 2022
O preço do barril do petróleo tipo brent alcançou uma alta de 2,8% nesta quarta (8), chegando ao patamar de US$ 123,97. Esse resultado é apenas o segundo maior desde que a guerra iniciou em fevereiro, perdendo apenas para o valor de US$ 127,98 registrado em março.
Governo Federal tenta negociar os preços do combustível junto com o Congresso Nacional e representantes dos Estados
Em uma luta constante para manter os preços, o Governo Federal está buscando alianças com o Congresso Nacional e representantes dos Estados para limitar o ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) por meio de um projeto. Se aprovado, ele pode deixar os preços dos combustíveis mais baratos. Todavia, a suspensão temporária tem encontrado resistência entre alguns governadores que contam com essa arrecadação para seu estado.
Contudo, o governo busca formas de amenizar os preços por meio de PECs (Propostas de Emendas à Constituição), que estão sendo discutidas no congresso junto com o projeto do ICMS. Se aprovadas, as PECs permitiriam que o governo compense aqueles Estados que conseguirem o feito de zerar o imposto sobre gás de cozinha e diesel, que são muito usados pelos brasileiros.
Essa proposta de compensação foi colocada por Bolsonaro nesta segunda (6) junto com o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Ademais, o ministro Paulo Guedes afirma que essa empreitada deve custar entre R$ 25 bilhões e R$ 50 bilhões dos cofres públicos.