Com o campo de Búzios estabilizado em 1 milhão de barris diários, a Petrobras reafirma sua posição no pré-sal e é reconhecida com prêmio internacional na OTC Brasil 2025 pelo projeto Búzios 7, símbolo da inovação e da maturidade técnica da estatal.
A Petrobras consolidou em outubro um marco histórico em sua trajetória de exploração offshore. A produção no campo de Búzios, na Bacia de Santos, atingiu 1 milhão de barris de petróleo por dia, marca inédita para um único ativo da companhia. O feito reflete o avanço tecnológico e operacional da empresa no pré-sal, região responsável por mais de 75% da produção nacional de petróleo.
O desempenho foi anunciado pela presidente da estatal, Magda Chambriard, durante a OTC Brasil 2025, no Rio de Janeiro. Além do recorde, a Petrobras recebeu o Distinguished Achievement Award, um dos prêmios mais prestigiados do setor de energia, pela execução do projeto Búzios 7, reconhecido internacionalmente como um dos empreendimentos mais complexos e eficientes da indústria offshore contemporânea.
O marco de 1 milhão de barris diários em Búzios
O campo de Búzios é considerado o maior campo de petróleo em águas ultraprofundas do mundo.
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Localizado a cerca de 200 quilômetros da costa fluminense, o ativo opera com múltiplas plataformas do tipo FPSO (Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Transferência), capazes de processar volumes superiores a 180 mil barris por unidade.
O patamar de 1 milhão de barris diários representa a soma das capacidades de produção dos sistemas Búzios 5, 6 e 7, que operam em conjunto em regime de alta eficiência.
A estabilidade na marca alcançada demonstra maturidade técnica e confiabilidade operacional, dois fatores fundamentais para manter desempenho consistente em um ambiente de alta complexidade geológica e logística.
A engenharia por trás do projeto Búzios 7
O projeto Búzios 7 foi concebido dentro da nova geração de sistemas de produção da Petrobras, com ênfase em automação, digitalização e redução da intensidade de carbono.
A plataforma conta com módulos de processamento integrados e sistemas de injeção de gás e água de última geração, capazes de otimizar o fator de recuperação dos reservatórios e reduzir perdas energéticas.
A integração de sensores em tempo real e algoritmos de monitoramento permite controle contínuo das variáveis de pressão, temperatura e vazão, otimizando a performance e antecipando eventuais anomalias.
Esse modelo, alinhado às práticas de engenharia 4.0, sustenta a confiabilidade necessária para manter a produção estável em larga escala e reforça o protagonismo tecnológico da Petrobras no cenário global.
Reconhecimento internacional na OTC Brasil 2025
Durante a conferência OTC Brasil 2025, realizada pelo Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), o projeto Búzios 7 recebeu o Distinguished Achievement Award, prêmio que reconhece contribuições de alto impacto na indústria de energia offshore.
O júri destacou a eficiência operacional, o domínio de engenharia em águas ultraprofundas e o modelo de gestão integrada da Petrobras como fatores decisivos para a conquista.
A homenagem reforça a relevância da companhia como referência mundial em exploração e produção em águas profundas.
A Petrobras é uma das poucas empresas com capacidade de desenvolver simultaneamente múltiplos sistemas de produção no pré-sal, combinando escala, segurança e sustentabilidade operacional.
Perspectivas e expansão da produção no pré-sal
Segundo Magda Chambriard, a meta da estatal é continuar ampliando a produção em Búzios nos próximos anos.
A previsão é alcançar até 1,5 milhão de barris por dia, com a entrada de novas unidades de produção previstas entre 2026 e 2027.
A empresa também reforça o compromisso com a transição energética, mantendo foco na eficiência e na redução da emissão de gases de efeito estufa.
O campo de Búzios, por operar com alto fator de produtividade e tecnologia de reinjeção de gás, apresenta uma das menores intensidades de carbono por barril produzido em comparação aos padrões globais.
A consolidação de Búzios como maior campo produtor do país tem impacto direto na balança comercial, na arrecadação de royalties e na geração de empregos especializados.
O sucesso do projeto também impulsiona a cadeia de fornecedores nacionais e contribui para a autonomia energética do Brasil.
Para o setor técnico, a estabilidade da produção e o reconhecimento internacional reforçam o papel da Petrobras como agente de inovação e competitividade, com domínio tecnológico que sustenta sua presença entre as maiores produtoras offshore do mundo.
Você acredita que a Petrobras deve priorizar novos investimentos no pré-sal ou diversificar sua atuação em fontes renováveis no mesmo ritmo?



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