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Petrobras apoia investigação Lava Jato: Polícia Federal mira fraude de R$ 100 mi em operações de câmbio contratadas pela estatal

Escrito por Flavia Marinho
Publicado em 10/09/2020 às 17:31
Polícia Federal Operação Lava Jato fraude Petrobras e Banco
São alvos da Polícia Federal na operação Lava Jato, três funcionários da gerência de câmbio da Petrobras, três executivos do Banco Paulista, além de outras cinco pessoas

São alvos da Polícia Federal na operação Lava Jato, três funcionários da gerência de câmbio da Petrobras, três executivos do Banco Paulista, além de outras cinco pessoas

Após uma nova fase da Operação Lava Jato ser deflagrada nesta quinta-feira (10/09) para apurar possíveis fraudes em operações de câmbio realizadas entre a Petrobras e o Banco Paulista, a estatal se pronunciou por meio de nota informando que conduz apurações internas e, neste caso, colaborou ativamente com as autoridades nos trabalhos de investigação da Polícia Federal e forneceu subsídios que resultaram nesta operação. No mês passado, a Operação Lava Jato prendeu donos de estaleiro no Rio de Janeiro devido a fraudes em construção de navios da Transpetro

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Batizada de Sovrapprezzo, que significa sobretaxa em italiano, a ação cumpre 25 mandados de busca e apreensão relacionados à investigação da Polícia Federal relacionada a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, que identificou prejuízos de quase R$ 100 milhões à Petrobras.

São alvos da operação Lava Jato, três executivos do Banco Paulista, e outras cinco pessoas ligadas a empresas usadas em um suposto esquema no Rio de Janeiro, além de três funcionários da gerência de câmbio da Petrobras.

De acordo com a Policia Federal, o esquema consistiria em sobretaxar as operações acima dos valores de mercado para inflar o lucro do banco, mediante possível pagamento de propina para operadores da empresa pública que seriam divididos com empregados da instituição financeira em troca do direcionamento dos negócios cambiais para o referido banco.

O juiz Luiz Antonio Bonat determinou ainda o bloqueio de ativos dos investigados no Brasil e no exterior, com limite de R$ 97 milhões. As penas relativas aos crimes investigados podem chegar a soma total de 33 a 38 anos de reclusão.

Pronunciamento da Petrobras e Banco Paulista

Em nota, a Petrobras informou que conduz apurações internas e neste caso especificamente “colaborou ativamente com as autoridades nos trabalhos de investigação e forneceu subsídios que resultaram nessa operação”.

“A Petrobras reafirma e reforça sua tolerância zero em relação à fraude e à corrupção. A companhia é vítima dos crimes desvendados pela operação Lava-Jato, sendo reconhecida como tal pelo Ministério Público Federal e pelo Supremo Tribunal Federal”, diz o texto, em que a empresa acrescenta que colabora com as investigações desde 2014 e é coautora em 18 ações de improbidade administrativa em andamento.

Já o banco Paulista, também em nota, afirma que o objeto da investigação seriam operações realizadas pela área de câmbio da instituição, já extinta, que “foram averiguadas anteriormente”.

“A atual gestão do Banco Paulista desconhece as operações investigadas e informa que a instituição sempre se pautou pela legalidade e segue todas as normas e diretrizes do Banco Central do Brasil”, informou.

Flavia Marinho

Flavia Marinho é Engenheira pós-graduada, com vasta experiência na indústria de construção naval onshore e offshore. Nos últimos anos, tem se dedicado a escrever artigos para sites de notícias nas áreas da indústria, petróleo e gás, energia, construção naval, geopolítica, empregos e cursos. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal.

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