Germán e José Efromovich (donos de estaleiro no RJ) foram presos em uma nova fase de investigação da corrupção de Lava-Jato
Na manhã desta quarta-feira, os empresários Germán e José Efromovich foram presos na cidade de São Paulo no âmbito da Operação Lava-Jato. De acordo com as autoridades, os ex-proprietários da Avianca Holdings estão sendo investigados por supostamente pagar mais de 40 milhões de reais a altos funcionários da subsidiária de transportes da Petrobras, a Transpetro, para serem favorecidos em um contrato que visava comprar, vender e construir navios no RJ.
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Operação Lava-Jato
A Operação Lava-Jato revelou um grande esquema de corrupção no Brasil e levou à prisão vários políticos, incluindo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Similarmente, a investigação data de cerca de oito anos e envolveu construtoras, bancos, estaleiros e empresários. Germán Efromovich foi destituído da presidência do conselho de administração da Avianca Holdings em maio de 2019. Depois que a United Airlines afirmou que o empresário havia inadimplente empréstimos de US $ 456 milhões concedidos pela companhia aérea norte-americana. O executivo havia garantido esses empréstimos com suas ações da Avianca.
Os mandados, expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba, no Paraná, estão sendo cumpridos em Maceió, São Paulo e no Rio de Janeiro
A Transpetro informou que desde o início das investigações colabora com o Ministério Público e encaminha todas as informações pertinentes aos órgãos competentes. “A empresa reitera que é vítima nesses processos e dá todo o suporte necessário às investigações da Operação Lava-Jato”, afirmou.
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A Petrobrasdo RJ também se manifestou, informando que trabalha em estreita colaboração com os investigadores do Lava-Jato e que uma investigação interna da Transpetro levou à operação na quarta-feira.
De acordo com a Polícia Federal (PF), os crimes teriam sido praticados em licitação e celebração de contrato de compra e venda de navios celebrados pela Transpetro, com um estaleiro não identificado, no âmbito do Promef, o programa federal para a reestruturação da indústria naval brasileira. A investigação encontrou indícios de que o estaleiro pagou propina a um executivo da Transpetro à época (também não identificado pela PF), em troca de favorecimento de sua empresa na licitação para a construção e fornecimento de navios, em um valor global de mais de R$ 857 milhões.
A escolha do estaleiro no RJ foi feita, segundo a PF, sem levar em consideração estudos de consultorias que apontavam que a fabricante de navios não teria as condições técnicas e financeiras adequadas para a construção das embarcações.