Cientistas desenvolveram uma nova tecnologia para extinguir incêndios sem o uso de espumas tóxicas, reduzindo também o consumo de água
Uma inovação revolucionária pode transformar o combate a incêndios, tornando-o mais eficiente e seguro. Pesquisadores desenvolveram uma ferramenta portátil que utiliza aerossóis condutores e anéis de vórtice para extinguir chamas rapidamente, sem recorrer a métodos tradicionais que podem ser prejudiciais ao meio ambiente.
A nova abordagem no combate a incêndios
Tradicionalmente, o combate a incêndios depende de espumas químicas ou grandes volumes de água, o que pode sobrecarregar os recursos hídricos e causar danos ambientais.
A nova ferramenta, desenvolvida por uma equipe da Universidade Estadual de Ohio, oferece uma alternativa promissora.
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Ela suprime as chamas utilizando aerossóis condutores — pequenas partículas que direcionam eletricidade — transportados por anéis de vórtice, que são faixas de ar em formato de donut.
Esses anéis transformam as partículas em pulsos curtos de vento que convertem o oxigênio próximo em ozônio. O fluxo de ar acelerado gera turbulência rápida, interrompendo o processo de combustão e extinguindo o fogo de forma eficaz.
Funcionamento do dispositivo
O dispositivo, semelhante a um pequeno balde preso a um suporte de braço, é direcionado pelos bombeiros em direção às chamas.
Ele utiliza rajadas de ar comprimido ou um diafragma elástico para liberar os aerossóis em um arco elétrico, combatendo o fogo de maneira direcionada.
Segundo John LaRocco, autor principal do estudo e cientista pesquisador em psiquiatria na Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de Ohio, “usando uma combinação de eletricidade e essa tecnologia de anel de vórtice, encontramos uma maneira mais eficiente de resolver um problema ambiental que melhorará nossa qualidade de vida“.
Desenvolvimento e testes
A equipe iniciou o estudo determinando quais combinações químicas formariam os aerossóis mais condutores.
Após testar sete misturas, a solução de cobre grosso foi escolhida como material ideal. Em seguida, foram testados dois protótipos: um lançador de ar comprimido com cano cônico e um lançador de diafragma elástico com cano de borda quadrada.
Ambos os protótipos apresentaram um alcance efetivo de quase 2 metros. “Em ambos os casos, ficamos impressionados com a invenção“, afirmou LaRocco.
Vantagens e aplicações futuras
Uma das principais vantagens do dispositivo é sua simplicidade e portabilidade. “O design do nosso Vortex Launcher é realmente muito simples por natureza“, disse John Simonis, coautor do estudo e estudante de engenharia elétrica e de computação. “Um dos benefícios dessa simplicidade é que ele também é muito escalável.”
Além disso, os anéis de vórtice mantêm sua forma à medida que se dissipam, permitindo que transportem cargas químicas por distâncias maiores. Isso aumenta a segurança dos bombeiros, que não precisam se aproximar tanto das chamas para apagá-las.
O estudo sugere que o dispositivo pode ser aprimorado com a integração de sensores multimodais ou análise de imagem, permitindo que o lançador mire incêndios causados por diversas fontes.
As implicações futuras incluem aplicações em automação industrial e tecnologias aeroespaciais, onde o dispositivo poderia proteger veículos militares e até interiores de naves espaciais contra incêndios. “Há muitas aplicações para o nosso dispositivo que podem fazer a diferença“, concluiu Simonis.
A introdução desta ferramenta portátil representa um avanço significativo no combate a incêndios, oferecendo uma alternativa eficiente e ecológica aos métodos tradicionais.
Com potencial para diversas aplicações futuras, esta inovação pode redefinir as estratégias de combate a incêndios, priorizando a segurança dos profissionais e a preservação ambiental.
Estudo divulgado no mdpi e info news.osu.edu.