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Pesquisadores descobrem forma capaz de armazenar energia solar durante meses a temperatura ambiente

Escrito por Flavia Marinho
Publicado em 18/12/2020 às 12:15
energia solar - MOF
ENERGIA

A nova forma de capturar energia permite guardá-la durante meses a temperatura ambiente, e depois liberá-la quando necessária na forma de calor.

Uma equipe da Universidade de Lancaster, no Reino Unido, confirmou a pesquisa feita cerca de 2 anos atrás por cientistas japoneses, que sintetizaram um material ultraporoso, que eles chamaram de DMOF, um material ultraporoso que consegue capturar diretamente energia do Sol e armazená-la para uso futuro. Procurando emprego? Manserv recruta para vaga offshore em Macaé

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“O material funciona um pouco como materiais de mudança de fase, que são usados ​​para fornecer calor em aquecedores de mão […]. No entanto, embora os aquecedores de mão precisem ser aquecidos para recarregá-los, o bom desse material é que ele captura energia gratuita diretamente do Sol”, afirma John Griffin, coautor do estudo, citado pelo portal Science Alert.

Conhecido como estrutura metal-orgânica (MOF, na sigla em inglês), o material é formado por uma rede de íons metálicos ligados por moléculas baseadas em carbono.

A nova forma de capturar energia permite guardá-la durante meses a temperatura ambiente, e depois liberá-la quando necessária na forma de calor.

A ideia é usar para capturar a energia solar durante o dia e disponibilizá-la à noite, ou mesmo capturar o calor do Sol no verão e usá-lo para aquecer as casas no inverno.

Sobre o MOF, a nova forma de armazenar energia solar

Kieran Griffiths e seus colegas encheram os poros do DMOF-1 moléculas com azobenzeno, um composto que absorve fortemente a luz. Essas moléculas funcionam como fotointerruptores – interruptores acionados pela luz -, já que são um tipo de “máquina molecular” que pode mudar de forma quando um estímulo externo, como luz ou calor, é aplicado.

Os resultados falam por si: este composto foi capaz de armazenar energia ultravioleta por pelo menos quatro meses em temperatura ambiente antes de liberá-la novamente, relata o estudo. Os pesquisadores estimam que o material tenha uma vida útil de até quatro anos e meio.

No momento, é necessário mais trabalho para preparar o material para uso generalizado. Embora os testes tenham mostrado que o material pode reter energia por meses seguidos, a densidade de energia do material é relativamente baixa e os pesquisadores esperam melhorar.

Flavia Marinho

Flavia Marinho é Engenheira pós-graduada, com vasta experiência na indústria de construção naval onshore e offshore. Nos últimos anos, tem se dedicado a escrever artigos para sites de notícias nas áreas da indústria, petróleo e gás, energia, construção naval, geopolítica, empregos e cursos. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal.

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