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Pesquisadores da Unicamp desenvolvem genética da cana-de-açúcar capaz de aumentar produção de etanol

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 20/12/2021 às 11:40
Unicamp - etanol - cana de açúcar -pesquisadores
Pesquisadores da unicamp trabalham com genética da cana-de-açúcar que podem aumentar produção de etanol – foto: Reprodução/SAEtanol

Unicamp prepara equipe de pesquisadores para realizarem o sequenciamento genético da cana-de-açúcar, destinada à auxiliar no aumento da produção de etanol

Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas/SP, a Unicamp, que atuam na área biotecnológica e de desenvolvimento genético de cana-de-açúcar em São Paulo, estão apostando na criação de uma variedade transgênica da cana-de-açúcar, dotada de característica seca e já pronta para uso ou venda em escala comercial, a nova genética permitirá uma expansão na produção de etanol. A previsão é que essa variedade já esteja disponível aos consumidores em todos os postos de combustíveis, daqui há algum tempo.

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Elaboração inicial da pesquisa de aprimoramento da genética da cana-de-açúcar

O especialista em genética agrícola, pesquisador e coordenador do Laboratório de Genoma Funcional do Instituto de Biologia da Unicamp, Marcelo Menossi, disse que sua equipe de pesquisadores tem atuado em vários seguimentos de pesquisa que possam auxiliar na busca por genes, que possam identificar certas características da planta, que ajudem no enfretamento do estresse hídrico.

Menossi disse ainda que já possui genes licenciados e que existem algumas empresas que estão negociando com o laboratório da Unicamp para levar essas variedades transgênicas a outros estudos.

Unicamp destaca o sequenciamento da genética da cana-de-açúcar para ajudar no aumento da produção de etanol

Os estudos que os pesquisadores da Unicamp vêm desenvolvendo sobre transgenia estão avançado rapidamente devido ao uso de ferramentas de bioinformática. Para Menossi, o trabalho de sua equipe, junto aos avanços em tecnologia da informação, torna totalmente viável a criação de algoritmos que possam auxiliar na busca dos genes essenciais, por meio de triangulação de características específicas.

Menossi e sua equipe falaram sobre a jornada no laboratório, visando uma melhoria na vida dos consumidores e levando etanol de qualidade e a custo benefício aos postos de combustíveis.

O coordenador da pesquisa relatou que é difícil extrair genes específicos da cana, mas que o desafio maior é sequenciar a genética da cana e fazer o gene sintético. Além disso, é necessário também substituir os genes do milho por genes da própria cana.

Avanço de pesquisas similares, em outros laboratórios

As pesquisas de sequenciamento genético, que buscam variedades tolerantes à seca, também tem avançado no Laboratório de Transdução de Sinal do Instituto de Química da USP.

A pesquisadora e professora titular do Departamento de Bioquímica da Universidade de São Paulo – USP, Glaucia Mendes Souza, também especialista em genética molecular e coordenadora do BIOEN, relatou que a matéria-prima utilizada (a cana) é voltada totalmente à produção de biomassa, que auxilia na geração de energia elétrica.

Ainda de acordo com a pesquisadora, a ‘cana-energia’ atinge altos níveis de produtividade, sendo utilizada cerca de 250 toneladas por hectare. No caso de algumas variedades bastante específicas, permanece o mesmo índice de produção de açúcar, quando comparado às espécies mais modernas que vem sendo utilizadas. Foram avaliados diversos genótipos de ‘cana-energia’, ainda no campo, por muitos anos seguidos.

Os resultados obtidos foram extremamente satisfatórios. A bioquímica acredita que os consumidores terão acesso à uma espécie comercial, nos postos de combustíveis. O próximo passo é realizar outros experimentos que possam avaliar melhor a tolerância à seca.

O material deste artigo foi criado com base na matéria do Petronoticias.

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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