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Para explorar petróleo em águas profundas, Petrobras projeta para separar e reinjetar gás com CO2 no fundo do mar

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 20/01/2022 às 18:47
Petrobras - gás - petróleo
Plataforma semi-submersível P-20. Fonte: Google Imagens

Iniciativa da Petrobras tem como objetivo inovar a exploração de petróleo em águas profundas com gás com elevado teor de CO2

A Petrobras está desenvolvendo um novo projeto que tem por meta a separação e a reinjeção, ainda no fundo do mar, do gás com elevado teor de CO2 que é gerado juntamente ao petróleo. A petroleira que opera no consórcio de Libra, comunicou que começou a contratar os fornecedores para execução de projeto, construção, instalação e realização de testes HISEP®, tecnologia patenteada por ela. A previsão é de que a fabricante seja escolhida até agosto de 2022 e que o equipamento seja instalado no ano de 2025.

Confira ainda:

                        
De acordo com a Petrobras, o HISEP® pode inaugurar uma nova forma de explorar e de desenvolver a produção de petróleo em águas profundas e ultraprofundas, e em locais em que haja fluidos de reservatório com razão gás-óleo e teor de CO2 altos.

“O HISEP® proporcionará aumento da produção de óleo ao liberar espaço na planta de processamento de gás de superfície. O teste-piloto está previsto para ser realizado na área de Mero 3, que deverá entrar em produção em 2024”, disse a Petrobras.

Depois que a tecnologia for comprovada, num período de dois anos de testes, o projeto poderá ser usado nas demais áreas, como Libra Central e Júpiter, em que tem o potencial de tornar viável o projeto de desenvolvimento da produção.

“Uma vez comprovada a tecnologia HISEP®, será possível também desenvolver unidades de produção offshore com plantas de processamento de gás menores e menos complexas, que possuem menores custos e prazos de construção, bem como menores custos de operação”, explicou.

Consulta desde 2017

Desde o ano de 2017, a Petrobras já vem consultando as empresas para identificar os equipamentos que elas já tinham desenvolvido e que poderiam ser adaptados para o projeto, e também dos principais gargalos tecnológicos que existem a fim de que o projeto pudesse se tornar real.

Com isso, a Petrobras está trabalhando juntamente com empresas do mercado na modalidade entendida pelo conceito de early engagement, isto é, com a participação das fornecedoras para desenvolver a tecnologia desde os primeiros estágios do processo, para a definir e desenvolver a solução a ser utilizada no produto final. A meta é tornar a tecnologia tecnicamente possível e também replicável, além de comercialmente interessante para o mercado.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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