Para reaquecer a economia, a OPEP+ fechou acordo neste domingo (18) para desfazer todos os cortes feitos no início da pandemia, ou seja, a produção de barris de petróleo voltará a todo vapor, sendo capaz de dobrar durante os próximos dois anos para 400 mil barris de petróleo por dia
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados liderados pela Rússia (OPEP+) fechou acordo para aumentar a produção de barris de petróleo nos próximos dois anos a partir dos níveis atuais. Sendo assim, o cartel e outros produtores se comprometeram em desfazer todos os cortes feitos desde o início da pandemia do novo coronavírus à medida que a demanda pelo petróleo e gás se recuperem e as economia se aqueçam.
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Aumento de 400 mil barris na produção de petróleo
O mercado da commodity estava ansioso pela decisão tomada pela OPEP+ neste domingo (18). O acordo permite uma ampliação da oferta de petróleo em 400 mil barris por dia até o final de 2022 e entrará em vigor em agosto.
O número veio em linha com ampla expectativa de investidores e analistas. A OPEP+ voltará a avaliar o estado do mercado no último semestre. As negociações foram suspensas após os Emirados Árabes Unidos se recusarem a assinar a ampliação da produção de barris de petróleo, a menos que tivessem a permissão para bombear mais de seu próprio produto dentro do sistema de cotas do grupo.
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Na semana passada, a Arábia Saudita, líder da OPEP, e os EUA, entraram em acordo para um acréscimo dessa cota no próximo ano, abrindo caminho ao outro acordo na reunião deste domingo.
Impactos da pandemia na produção de petróleo e gás
No início de 2020, quando se dava os primeiros indícios da pandemia no Ocidente, a OPEP+ reduziu a produção de petróleo em 9,7 milhões de barris por dia, o equivalente a aproximadamente 10% da demanda relativa ao ano de 2019.
Desde então, a oferta foi restaurada em cerca de 4 milhões de barris e o acordo feito no domingo prevê que o restante desses cortes seja restaurado até o fim do próximo ano.
De acordo com as projeções do cartel, a demanda mundial por petróleo aumentará de 3,3 milhões de barris por dia, para uma média de 99,9 milhões por dia, em 2021, levando em consideração os níveis de demanda pré-pandemia.
Para o presidente-executivo da consultoria Qamar Energy de Dubai, Robin Mills, o desfecho é essencial para os consumidores no curto prazo. Apesar disso, o executivo e outros analistas estimam que a pressão sobre os preços continue em resposta ao aquecimento das economias. De acordo com Giovanni Stuanovo, analista de commodities do banco suíço UBS, o mercado ficará apertado neste verão.