Queda de preço do Petróleo faz com que, mesmo antes da implementação do acordo de redução da produção, OPEP já planeje extensão do prazo com seus parceiros
O corte na produção de petróleo, conforme acordo sugerido pela Opep (Organização dos Países exportadores de Petróleo), não chegou nem a ser implementado e a queda drástica no preço, já fez com que um novo acordo, desta vez de extensão do prazo, fosse costurado entre os países membros. Autoridades de Iraque, Kuwait e Emirados Árabes Unidos concordou com a expectativa da Arábia Saudita de prolongar o tempo do acordo por mais seis meses e obtiveram a anuência da Rússia e de outros países que não integram a Opep.
Segundo o Ministro da Energia dos Emirados Árabes e presidente da OPEP, Suhail Mohammed Al Mazrouei, um corte de 1,2 milhão de barris por dia eliminará o excesso de estoques já no primeiro semestre, mas não descartou que outras medidas possam a ser discutidas, se só isso não for o suficiente. “Os cortes planejados foram cuidadosamente estudados, mas se não funcionarem, nós sempre teremos a opção de convocar uma reunião extraordinária da Opep, como já o fizemos no passado”, disse ele.
Uma prorrogação de mais seis meses poderia ser a saída, segundo ele, mas também cogita-se mais cortes enquanto se fizer necessário até atingir um equilíbrio.
A queda
No dia 7 de dezembro, a Opep e seus parceiros surpreenderam o mercado com o anúncio do tamanho do corte da produção, mas isso não foi o suficiente, a cotação do petróleo no mercado internacional teve a sua maior queda semanal desde 2016. Sendo assim, veio a preocupação, que com o enfraquecimento do crescimento econômico e com o aumento da produção petrolífera dos EUA, acontecerá mesmo um excesso de oferta no ano que vem, o que anularia os esforços da OPEP para elevar os preços do barril.
O preço do barril do tipo Brent foi negociado abaixo dos US$ 54, menor cotação desde setembro de 2017 e os contratos futuros na cadeia petrolífera caíram 11% na semana passada em Nova York. Com apenas cerca de uma semana até o final de 2018, o WTI permanece em queda de cerca de 25% no ano enquanto o Brent caiu cerca de 20% no ano. Os ministros da energia de Iraque, Emirados Árabes e Argélia demonstraram total apoio á Opep e reforçaram o compromisso assumido junto a OPEP no sentido de cortes na produção.
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