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Opep anuncia aumento na produção de petróleo para 100 mil barris por dia e preços do combustível no mercado global seguem em queda

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 03/08/2022 às 06:07
A Opep agora busca alternativas para contornar os altos preços dos combustíveis no mercado global e anunciou um aumento de 50% na produção de petróleo, como forma de garantir um aumento na oferta e uma diminuição nos valores cobrados pelo produto
Foto: Pixabay

Após a pressão dos Estados Unidos e a necessidade de controlar o cenário de instabilidade no mercado global, a Opep concordou em fazer um aumento moderado da produção de petróleo, aproveitando o quadro de queda nos preços do combustível atualmente. 

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) concordou, durante uma reunião, em realizar um aumento leve na produção de petróleo mundial com todos os seus membros, após sofrer pressão do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, quanto à necessidade de controlar o cenário internacional do combustível. E, mesmo com a queda atual nos preços do petróleo, o aumento na produção não terá um efeito significativo nos valores do produto.

Reunião da Opep nesta quarta-feira marca anúncio de aumento na produção internacional do petróleo para 100 mil barris por dia em setembro 

Após sofrer pressão e diversos pedidos dos Estados Unidos e outros gigantes no consumo do combustível, a Opep acaba de anunciar o aumento na produção coletiva para 100 mil barris por dia durante o mês de setembro deste ano. A organização visa assim contornar a situação de instabilidade após os conflitos entre a Rússia e a Ucrânia, iniciados no começo do ano de 2022 e que seguem até o momento impactando o mercado global de combustíveis.

Liderada pela Arábia Saudita, referência na produção do combustível em todo o mundo, a Opep estava sofrendo uma forte pressão depois que o presidente dos EUA, Joe Biden, disse esperar que Riad ajude a aumentar a oferta global após uma viagem de alto nível ao reino em julho.

Além disso, a organização precisava manter a estabilidade quanto aos conflitos com a Rússia, já que o país produtor do combustível prefere manter os altos preços do petróleo no cenário atual. 

No entanto, durante a sua sexta reunião desde o início dos conflitos geopolíticos na Europa, a Opep anunciou um aumento da produção coletiva de petróleo para 100 mil barris por dia durante o mês de setembro deste ano.

Desde que os conflitos entre a Rússia e a Ucrânia iniciaram, elevando os preços do petróleo acima de US$ 100 o barril pela primeira vez em oito anos, a organização vem buscando garantir a estabilidade do mercado internacional, e finalmente está conseguindo ver resultados com a queda nos preços do combustível. 

Opep continua expandindo produção de óleo coletiva com seus membros para conter preços do combustível no mercado internacional 

O aumento da produção do petróleo para 100 mil barris por dia durante o mês de setembro deste ano é só mais uma das decisões de expansão nos números anunciada pela Opep nos últimos meses.

A organização concordou em elevar a produção em 648 mil barris por dia em julho e agosto, durante uma reunião no mês de junho e, anteriormente, lançou aumentos mensais de 432 mil barris por dia como parte de um plano para ampliar a produção para níveis pré-pandêmicos.

Esse acordo com os membros finaliza ainda neste mês de agosto, mas alguns países seguem descumprindo as recomendações da Opep para a estabilização do mercado internacional. E, embora a organização esteja ouvindo as solicitações dos EUA e da Europa para tomar medidas que levem à queda dos preços do combustível no mercado global, o impacto ainda se torna mínimo ao consumidor final do produto. 

No entanto, as últimas semanas vêm sendo bastante positivas para o setor de combustíveis, uma vez que os preços do petróleo vêm apresentando uma queda significativa, em razão da flexibilização da economia mundial, abertura comercial de países e aumento na oferta do produto entre as nações que mais exportam o commodity.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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