As negociações foram suspensas pelo grupo Odebrecht depois de não conseguir chegar a um acordo com o grupo holandês LyondelBasell.
A Odebrecht acaba de anunciar no dia de hoje (04/06), que encerrou as negociações com a holandesa LyondelBasell, referente a venda de sua participação na Braskem.
A empresa vinha, há cerca de um ano, portanto desde junho do ano passado, negociando sua participação na Braskem e o intuito da venda era a estabilização financeira do grupo Odebrecht.
A Odebrecht divulgou nota em que declara que vai continuar tentando encontrar alternativas que agreguem valor ao grupo e à seus acionistas.
“A Odebrecht, como acionista controladora da Braskem, seguirá empenhada em identificar e perseguir alternativas que agreguem valor à sua participação na empresa, em linha com a estratégia de estabilização financeira do grupo”, dizia a nota.
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Comenta-se no mercado que o insucesso das negociações deveu-se ao complicado momento de instabilidade jurídica e financeira por qual passa o grupo.
O que disse a Holandesa
O diretor-presidente da LyondellBasell, Bob Patel, declarou que seria um bom negócio pelo que as empresas representam em relação a mesma linha de atuação no mercado, mas que a decisão de interromper as negociações foi tomada, pela empresa, depois de uma análise criteriosa.
As negociações vinham sendo acompanhadas pela Petrobras, que é a sócia da Odebrech na Braskem, a empresa possui 36,1% das ações e 47% do capital votante e a Odebrecht possui 38,3% das ações e 50,1% do capital votante.
Segundo a agência Reuteurs, a expectativa da Petrobras era vender a sua parte na Braskem para o mesmo comprador da parte da Odebrecht
Desde 2015 a Odebrecht vem saindo de vários negócios, na tentativa de fazer caixa depois que foi pega em casos de corrupção pela operação lava jato.
Na última sexta-feira (31/05), a Braskem assinou o seu acordo de leniência com a Controladoria-Geral da União (CGU) e Advocacia-Geral da União (AGU), onde se comprometeu a devolver para os cofres da união e da Petrobras, o montante de R$ 2,87 bilhões até janeiro de 2025.
A Atvos, uma subsidiária do grupo e segunda maior produtora de etanol do país, entrou com pedido de recuperação judicial na semana passada.