Braskem, a maior petroquímica das Américas, será vendida pela sua controladora Odebrecht e Petrobras também quer sair do negócio
Novonor (ex Odebrecht) iniciou nesta semana novas conversas com possíveis compradores de sua fatia na Braskem, após quase dois anos do encerramento das conversas com a LyondellBasell. De acordo com o Valor Econômico, a expectativa é que, até o fim de 2021, a companhia esteja próxima de assinar um acordo formal de venda.
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Segundo o Valor Econômico, a expectativa é que, até o fim de 2021, a controladora Odebrecht esteja próxima de assinar um acordo formal de venda da petroquímica .
Neste primeiro momento, Odebrecht procura contato com potenciais interessados, que vão desde companhias petroquímicas até fundos de private equity com experiência no setor. “Trata-se de um alvo global, então serão buscados compradores em todas as regiões: Estados Unidos, Oriente Médio, Europa, China, Japão, Sudeste Asiático”, diz uma fonte do jornal.
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Odebrecht ainda não decidiu se vai conceder exclusividade a um único comprador na reta final do processo. O fechamento da transação tende a ocorrer em 2022.
As conversas com os potenciais interessados na petroquímica tiveram início oficialmente na terça-feira. Ontem, as ações PNA da Braskem subiram 6,1%, a R$ 44,73. Pelo valor de mercado, a fatia da Odebrecht vale cerca de R$ 13,2 bilhões e a de Petrobras, R$ 12,4 bilhões.
A Odebrecht contratou, em agosto do ano passado, o Morgan Stanley para assessorá-la na venda da participação de 38,3% no capital total da petroquímica.
Petrobras, segunda maior acionista da Braskem, também quer sair do negócio
Ainda conforme o Valor, a Braskem conseguiu se liberar de importantes amarras, em particular o problema geológico em Alagoas e a questão do suprimento de etano no México, que levaram à perda de valor da empresa e a uma espera maior para que as negociações fossem iniciadas de fato.
A Petrobras, segunda maior acionista, é dona de 36,1% e já anunciou a intenção de sair do negócio. Ao menos por ora processos caminham em paralelo – a estatal vinha manifestando plano de vender seus papéis em bolsa, em processo diferente. A nova gestão, do general de reserva Joaquim Silva e Luna, está em transição e ainda não se manifestou sobre o assunto.
Com 26 contratos ativos no Brasil e no exterior, Odebrecht espera se reerguer e faturar 1,1 bilhão de dólares em 2021
Odebrecht planeja dar a volta por cima e fechar o ano de 2021 com 1,1 bilhão de dólares na conta! Quase seis anos após a prisão de Marcelo Odebrecht, que arruinou com a construtora, o grupo tenta reerguer a empresa, com novas obras e um possível sócio para ajudar a financiar a retomada
Atualmente a construtira Odebrecht conta com 26 contratos ativos, dos quais 15 são no Brasil e 11 no esterior em países como Panamá, Peru, Argentina, Guiana, Angola, Gana e Estados Unidos.
Além disso a empresa faturou nos últimos 12 meses seis obras. O presidente da empreiteira, Marco Siqueira, está otimista e espera dobrar o faturamento esse ano, para US$ 1,1 bilhão, cerca de R$ 6 bilhões.
A construtora tem 131 projetos que somam R$ 17 bilhões, em prospecção para serem explorados, porém com o poder financeiro baixo, Odebrecht enfrenta dificuldades para conseguir garantias e participar de todas as disputas do mercado.
“O nome do jogo agora é conquistar novos contratos.” O executivo reconhece, porém, que as condições serão diferentes. Além do tamanho da construtora, existe uma nova realidade de obras no País: os megaempreendimentos deram lugar a projetos menores e mais espalhados.