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Óculos Meta Ray-Ban Display chegam por US$ 799 com IA e pulseira neural, mas falhas ao vivo levantam a dúvida: será este o futuro da superinteligência?

Escrito por Felipe Alves da Silva
Publicado em 18/09/2025 às 11:19
Zuckerberg mostra os óculos Meta Ray-Ban Display com IA integrada na Meta Connect.
Mark Zuckerberg apresenta os óculos Meta Ray-Ban Display durante a conferência Meta Connect.
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Novo dispositivo apresentado na Meta Connect integra tela Ray-Ban, assistente de IA e pulseira neural, mas dificuldades técnicas em plena demonstração levantam dúvidas sobre a viabilidade do projeto e os planos ambiciosos de Mark Zuckerberg

Mark Zuckerberg subiu ao palco da Meta Connect nessa quarta-feira (17) com a promessa de iniciar uma nova era tecnológica. O bilionário apresentou oficialmente o Meta Ray-Ban Display, os primeiros óculos inteligentes da empresa equipados com tela integrada e conectados diretamente ao assistente de inteligência artificial da Meta.

Segundo o executivo, o dispositivo é peça-chave para a construção de uma interface que, no futuro, poderá substituir os smartphones e servir como porta de entrada para a chamada “superinteligência”, conceito que descreve uma IA com capacidade superior à humana. O anúncio, no entanto, foi marcado por momentos embaraçosos que revelaram tanto o potencial transformador quanto as dificuldades técnicas dessa aposta.

Ray-Ban Meta de segunda geração é apresentado pela empresa. — Foto: Divulgação/Meta

Funções futuristas e preço elevado chamam atenção do público

O modelo apresentado traz recursos que antes pareciam ficção científica: os óculos exibem mensagens de texto, permitem chamadas de vídeo e mostram respostas em tempo real do assistente de IA diretamente nas lentes. O controle não é feito por botões ou tela, mas por uma pulseira especial que capta os movimentos da mão.

Zuckerberg descreveu o acessório como “o primeiro dispositivo neural mainstream”, destacando a ambição de transformar o produto em algo além de um simples wearable. O lançamento está previsto para o fim do mês, com preço inicial de US$ 799 (cerca de R$ 4.100 na cotação atual).

Apesar da inovação, o alto custo levanta dúvidas sobre a capacidade de o dispositivo alcançar grande adoção, principalmente diante da memória ainda recente do fracasso do metaverso, projeto multibilionário lançado em 2021 que não conquistou o público nem superou suas limitações técnicas.

Meta aposta em IA após recuo do metaverso, mas falhas ao vivo expõem riscos

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Nos bastidores, a Meta passa por uma mudança estratégica clara. Depois de reduzir o foco no metaverso, Zuckerberg tem direcionado esforços para consolidar a empresa como referência em inteligência artificial. Para isso, foi criado o Meta Superintelligence Lab, com direito a reestruturação de equipes e até bônus de US$ 100 milhões oferecidos a pesquisadores de concorrentes como Google e OpenAI.

No entanto, a própria demonstração no palco deixou evidente que a estrada até a superinteligência ainda é longa. Durante a apresentação, Zuckerberg não conseguiu atender a uma chamada feita pelo diretor de tecnologia Andrew Bosworth. O problema foi atribuído ao Wi-Fi, mas a cena repercutiu como um alerta sobre a confiabilidade do produto.

Outro modelo atualizado da linha Ray-Ban, que prometia melhorias em bateria e câmeras, também apresentou falhas ao vivo, desta vez ao tentar responder comandos de voz. A informação foi divulgada pelo InfoMoney, que acompanhou de perto os anúncios do evento.

Parcerias estratégicas e geopolítica no radar da Meta

Mesmo com as dificuldades técnicas, a empresa segue ampliando parcerias. Uma das novidades foi o anúncio de colaboração com a Oakley para criar óculos voltados a esportes de alta intensidade. O objetivo é integrar o dispositivo a aplicativos fitness, principalmente quando sincronizado a relógios da Garmin, ampliando o alcance da tecnologia no mercado esportivo.

A fabricação ficará a cargo da chinesa Goertek, gigante que vem aumentando sua presença no setor de óculos inteligentes. A escolha não passou despercebida, já que contrasta com a postura cada vez mais crítica de Zuckerberg em relação à China, especialmente em meio às tensões geopolíticas da segunda gestão de Donald Trump.

Com esse lançamento, a Meta sinaliza sua tentativa de se posicionar como protagonista da corrida global pela superinteligência artificial. No entanto, as falhas durante a demonstração reforçam que o caminho para transformar os óculos em substitutos reais dos smartphones será repleto de obstáculos.

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Felipe Alves da Silva

Profissional com formação militar pelo Exército Brasileiro e experiência em gestão administrativa e logística no setor industrial. Escreve sobre defesa, segurança, geopolítica, indústria automotiva, ciência e tecnologia. Sugestões de pauta: fa06279@gmail.com

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