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O trabalho da Opep para reequilibrar o mercado de petróleo está longe do fim

Escrito por Paulo Nogueira
Publicado em 20/03/2019 às 01:00

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Opep
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Os estoques mundiais crescem apesar das sanções dos Estados Unidos contra Irã e Venezuela, podendo ser necessário cortes na produção durante o segundo semestre de 2019, diz Arábia Saudita.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e um grupo de outras dez nações produtoras, lideradas pela Rússia, têm aprofundado seus cortes na produção, mas continuam divididos sobre se essa redução deve seguir em vigor até o fim do ano. Os contratos futuros de petróleo bruto ficaram praticamente estáveis ​​durante o pregão da manhã de terça-feira na Ásia, depois que a reunião da Opep deixou o mercado com pouca clareza sobre se os cortes liderados pela OPEP se estenderiam para além do segundo semestre de 2019.

Os EUA têm aumentado bastante suas próprias exportações de petróleo nos últimos meses, enquanto impõe sanções à Venezuela e ao Irã para reduzir as exportações dos adversários para os mercados globais. As políticas de Washington introduziram um novo nível de incerteza para a Opep, no momento em que a organização luta para prever o equilíbrio mundial entre oferta e demanda.

A próxima reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo  para decidir políticas de produção será em abril e em junho. Com base nesse pronunciamento o ministro da Energia russo, Alexander Novak  disse que a Rússia está perto de cortar a produção em 140 mil barris por dia, a diminuição na sua produção pode permanecer até junho, quando ficarem claros os planos de Washington em relação ao Irã e à Venezuela.

Novak, também afirmou que é difícil para Moscou e para a Opep realizarem planejamentos devido às sanções norte-americanas. Ele afirmou que terá poucas informações adicionais até o encontro de abril, pois Washington não haverá anunciado ainda suas novas políticas sobre o produto do Irã, e que mais negociações serão necessárias em maio.

“Essas sanções estão criando tendências negativas no mercado e distorcendo completamente a oferta e a demanda. Elas são impostas para ajudar a vender bens do país que está impondo, e elas criam incertezas”, afirmou.

O ministro saudita da Energia, Khalid alFalih disse que as exportações sauditas permanecerão abaixo dos 7 milhões de barris por dia em abril e março.

“Minha avaliação é que o trabalho permanece diante de nós. Ainda estamos vendo aumento nos estoques. Precisamos nos manter na rota certamente até junho”, disse Falih.

“Queremos estar prontos para continuar monitorando a oferta e demanda e fazer o que temos de fazer no segundo semestre”, disse Al Falih durante encontro de alguns ministros de países da Opep na capital do Azerbaijão, Baku.

A Opep e seus aliados cortaram a produção em 1,2 milhão de barris por dia —ou 1,2 por cento da demanda global— desde janeiro, para reequilibrar o mercado global de petróleo e elevar os preços.

Os EUA impuseram duras sanções ao Irã, terceiro maior produtor da Opep, mas deram algumas liberações para compradores do petróleo iraniano até maio.

Washington também está tentando derrubar o atual presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e impôs sanções ao petróleo da nação sul-americana.

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Paulo Nogueira

Com formação técnica, atuei no mercado de óleo e gás offshore por alguns anos. Hoje, eu e minha equipe nos dedicamos a levar informações do setor de energia brasileiro e do mundo, sempre com fontes de credibilidade e atualizadas.

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