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O “sol artificial” da China atinge 100 milhões de graus por 1.066 segundos, um recorde mundial que muda o futuro da energia limpa

Escrito por Carla Teles
Publicado em 13/09/2025 às 14:10
O "sol artificial" da China atinge 100 milhões de graus por 1.066 segundos, um recorde mundial que muda o futuro da energia limpa
A 100 milhões de graus, o “sol artificial” da China bate recorde mundial de 17 minutos e se aproxima da energia de fusão limpa. Veja o avanço do reator EAST.
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Conquista do reator EAST melhora operação de tokamak de pulso longo e alta capacidade, marcando um ponto de virada na pesquisa de energia limpa.

Cientistas que testam o “sol artificial” da China, um projeto avaliado em um trilhão de dólares, destacaram seu potencial para avançar a fusão nuclear. O Tokamak Supercondutor Avançado Experimental (EAST) estabeleceu um novo recorde mundial, abrindo caminho na busca por energia ilimitada e limpa.

O que é o tokamak supercondutor avançado experimental (EAST)?

O EAST também é conhecido como “sol artificial da China” ou HT-7U (Hefei Tokamak 7 Upgrade). Trata-se de um reator experimental de energia de fusão magnética tokamak supercondutor. Suas operações iniciaram em 2006.

Gerenciado pelo Instituto de Física de Plasma (IPP) da Academia Chinesa de Ciências, o EAST é um projeto crítico. Ele foca na fusão por confinamento magnético e já alcançou marcos científicos significativos.

Um novo recorde mundial em fusão limpa

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No início deste ano, no Hefei Comprehensive National Science Center, o EAST estabeleceu um novo recorde mundial. O reator atingiu com sucesso operações de plasma em modo H de pulso longo e estado estável.

Isso ocorreu em temperaturas superiores a 100 milhões de graus Celsius (180 milhões de graus Fahrenheit). A operação foi mantida por 1.066 segundos.

Agora, uma nova pesquisa da equipe do EAST mostrou resultados importantes. O reator é o primeiro tokamak não circular totalmente supercondutor do mundo. Ele melhora significativamente a operação de alto desempenho, pulso longo e estado estável. As descobertas abrem portas para a energia de fusão sustentável. Elas oferecem provas cruciais de que projetos avançados de tokamak podem aproximar a tecnologia do uso prático.

A corrida pelo plasma e o desafio da fusão controlada

Fontes tradicionais de energia enfrentam desafios crescentes. Eles incluem a proteção ambiental e a estabilidade dos recursos. A afirmação é da equipe de pesquisa liderada por Jianwen Yah, PhD, do Instituto de Energia do Centro Nacional de Ciências Abrangente de Hefei.

Enquanto isso, a fusão nuclear controlada atraiu ampla atenção internacional. Ela é vista como uma solução potencial para atender às necessidades energéticas de longo prazo.

Com a crescente demanda global por energia limpa, os tokamaks são vitais. No entanto, sustentar uma operação estável, de alto parâmetro e pulso longo em projetos totalmente supercondutores continua sendo um grande desafio.

Para enfrentar isso, o Instituto de Energia pesquisou o desempenho do “sol artificial” da China. O instituto colaborou com os Institutos de Ciências Físicas de Hefei, o IPP, universidades e empresas. O grupo explorou o projeto estrutural, obstáculos técnicos e o desempenho do projeto EAST. O experimento forneceu dados importantes e suporte técnico.

Do laboratório à prática: o avanço do “sol artificial” da China

Tokamaks são dispositivos em forma de rosca. Eles usam campos magnéticos potentes para conter o plasma. O plasma é um estado superaquecido da matéria onde a fusão ocorre.

Alcançar e manter essas condições exige desafiar a engenharia. As temperaturas chegam a ser seis vezes mais altas que o núcleo do Sol.

Os resultados mostraram que o EAST melhora significativamente a operação em estado estacionário. A equipe conseguiu atingir um plasma em modo H em estado estacionário nas temperaturas extremas necessárias (acima de 100 milhões de graus Celsius).

Eles também o mantiveram por 17 minutos e 46 segundos (os 1.066s), estabelecendo o recorde mundial em janeiro de 2025.

“Esta conquista não apenas verifica a viabilidade da operação em estado estacionário para reatores de fusão”, disseram os pesquisadores. Ela também “marca um importante ponto de virada na pesquisa de fusão, da exploração científica básica para a prática de engenharia“. Segundo eles, isso tem importante significado científico e valor de aplicação para promover o desenvolvimento da energia de fusão nuclear global.

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Carla Teles

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