Com 2.416 km, o rio Tocantins nasce em Goiás e abastece hidrelétricas, sistemas de irrigação e lavouras de alta produtividade que transformaram o agronegócio no Centro-Oeste e Norte do Brasil.
Antes de ser o corredor energético e agrícola que conhecemos, o Cerrado era visto como um “vazio econômico”. Mas, cortando essa savana de norte a sul, há um rio que transformou esse cenário: o rio Tocantins. Com 2.416 km de extensão, desde sua nascente no encontro dos rios das Almas e Maranhão, entre Ouro Verde de Goiás e Petrolina de Goiás, ele avança por Goiás, Tocantins, Maranhão e Pará, transmitindo água, energia e vida a milhões de brasileiros.
Rio Tocantins energia: uma bacia estratégica inteiramente brasileira
O Tocantins é o segundo maior rio com curso totalmente nacional, atrás apenas do São Francisco. Ele forma, junto com o Araguaia, a vasta Bacia Hidrográfica Tocantins-Araguaia, a maior inteiramente situada no Brasil, responsável por abastecer mais de 8 milhões de pessoas e irrigar vastas lavouras no Cerrado.
Usinas no rio Tocantins: energia limpa que impulsiona o campo
O rio Tocantins abriga um dos maiores complexos hidrelétricos do país, com capacidade combinada próxima de 11.500 MW. Entre os destaques:
-
O segredo das ‘estradas submersas’ do Ceará não é a maré
-
Lucro de 17.000.000%: investidores que seguraram bitcoins desde 2011 realizam maior ganho da história
-
Quanta água potável realmente temos? O dado que revela como a maior riqueza da Terra é, na verdade, escassa
-
Trump ordenou hoje o envio de dois submarinos nucleares após ex-presidente da Rússia falar em ‘apocalipse’
- Usina de Tucuruí (PA) – A segunda maior do Brasil, com cerca de 8.000 MW.
- Usina de Lajeado (TO) – Com 902 MW, abastece boa parte do estado.
- Usina de Estreito (MA/TO) – Capaz de gerar mais de 1.000 MW.
Além dessas, há outras como Serra da Mesa, Cana Brava e Peixe-Angical, todas fundamentais para o suprimento de energia limpa, estável e em larga escala. Essa eletricidade é vital para alimentar sistemas de irrigação, agroindústrias e áreas urbanas em crescimento.
Agronegócio no Cerrado: irrigação, produtividade e modernização
O Cerrado se transformou em um dos maiores celeiros agrícolas do mundo, e o rio Tocantins tem papel central nesse processo. A disponibilidade de água e energia proporcionada pelas hidrelétricas possibilita lavouras irrigadas com alta tecnologia, usando pivôs centrais, fertirrigação e métodos de rotação de culturas.
Municípios como Pedro Afonso, Formoso do Araguaia, Lagoa da Confusão e Balsas se destacam com produção bilionária de soja, milho, arroz e frutas tropicais. Essa produtividade é sustentada por infraestrutura hídrica moderna, energia confiável e investimento em tecnologia agrícola.
Infraestrutura hídrica e logística integrada
Além de energia e irrigação, o rio Tocantins também possui enorme potencial logístico. A Hidrovia Tocantins-Araguaia, em fase de ampliação e adequações, promete conectar lavouras do interior ao Arco Norte, facilitando a exportação por portos da região amazônica.
A integração com rodovias como a BR-153 e ferrovias como a Norte-Sul amplia ainda mais a eficiência do transporte. Essa combinação de modais transforma o Tocantins em um eixo logístico estratégico para o escoamento de grãos, carnes e produtos industrializados.
Sustentabilidade: uso racional da água e preservação do rio Tocantins
Apesar de seus benefícios, o rio Tocantins enfrenta ameaças como o desmatamento das margens, assoreamento e uso excessivo da água. Para enfrentar esses desafios, estão sendo implementadas ações de recuperação de áreas de preservação permanente, monitoramento da qualidade da água e controle do uso hídrico por parte de usuários rurais, urbanos e industriais.
Essas medidas são essenciais para garantir que o Tocantins continue cumprindo sua função estratégica para o agronegócio, a geração de energia e a segurança hídrica de milhões de brasileiros.
Fonte: Governo Brasileiro