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O que a China faz com os jumentos, levando a espécie à beira da extinção no Brasil e no mundo?

Publicado em 21/09/2025 às 15:45
Jumentos, China, Ejiao
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Exploração crescente de jumentos para produção de ejiao ameaça comunidades rurais, acelera comércio ilegal, desequilibra ecossistemas e coloca a espécie em risco

O abate de jumentos vem crescendo rapidamente em várias partes do mundo. A razão está na busca pela pele do animal, usada na produção do ejiao, um medicamento da tradição chinesa. O resultado é um cenário preocupante para a sobrevivência da espécie.

Esse movimento não afeta apenas os ecossistemas. Ele também atinge diretamente comunidades rurais, que sempre dependeram dos jumentos para transporte, agricultura e pequenos trabalhos.

Além disso, a redução expressiva da população animal em algumas regiões já começa a mostrar efeitos alarmantes.

O que é o ejiao e por que sua procura disparou

O ejiao é fabricado a partir do colágeno extraído da pele dos jumentos. Na China, ele é valorizado porque é considerado eficaz em tratamentos de rejuvenescimento, fertilidade e vitalidade.

Nos últimos anos, o aumento do poder de compra da população chinesa ampliou o consumo desse produto. Portanto, cresceu também o comércio internacional de jumentos.

Relatórios recentes mostram que em apenas cinco anos algumas regiões tiveram redução de até 70% na população desses animais.

Isso explica por que entidades ambientais soam o alerta para o risco de desaparecimento da espécie.

Comércio ilegal de jumentos e expansão global do problema

Embora a África concentre grande parte da exploração, o problema não se limita a esse continente. Países como Brasil e México também sofrem com o tráfico desses animais. No Brasil, dados recentes mostram que a população de jumentos caiu 94%.

A ausência de sistemas de fiscalização consistentes facilita a atuação de redes ilegais. Com isso, a exportação cresce sem controle, agravando a queda populacional.

Organizações ambientais afirmam que esse ciclo ameaça tanto os animais quanto famílias rurais. Afinal, a perda de jumentos dificulta atividades básicas, como carregar água, transportar mercadorias ou auxiliar na lavoura.

Impactos para comunidades e ecossistemas

O desaparecimento acelerado dos jumentos traz consequências diretas para quem depende deles. Sem esses animais, pequenos produtores enfrentam queda na produtividade e mais dificuldades para se locomover.

Isso significa prejuízo econômico para famílias em áreas isoladas. Em alguns casos, a perda de um único jumento compromete toda a rotina de trabalho.

Além disso, os efeitos chegam ao meio ambiente. Esses animais têm papel importante em ciclos naturais, como a dispersão de sementes. A ausência deles provoca desequilíbrios que se refletem em várias cadeias ecológicas.

Consequências mais visíveis

Três pontos se destacam no avanço desse comércio predatório:

  • Dificuldade para pequenos criadores: o valor dos animais sobe e torna insustentável manter a atividade.
  • Risco para a biodiversidade: o desaparecimento dos jumentos pode quebrar processos naturais e afetar cadeias alimentares.
  • Crescimento do comércio ilegal: a demanda aquecida estimula redes de tráfico e práticas cruéis de abate.

Esses elementos mostram que a crise ultrapassa a questão cultural da medicina tradicional chinesa. O problema é global, econômico e ambiental.

Tentativas de conter o avanço

Diversas organizações e governos já discutem medidas para enfrentar a exploração excessiva. Uma das ações mais citadas é a criação de regras comerciais mais rígidas.

Outra iniciativa é o fortalecimento da fiscalização em portos e fronteiras. Isso ajuda a identificar cargas ilegais e reduzir o tráfico internacional.

Além disso, algumas nações começam a usar sistemas de rastreamento para identificar animais e evitar fraudes.

Em paralelo, campanhas de conscientização buscam mostrar à população o risco de extinção da espécie. A inclusão do jumento em listas de animais ameaçados também é estudada em fóruns internacionais.

Alternativas para reduzir a pressão

Pesquisadores tentam desenvolver substitutos para o ejiao. Se compostos alternativos forem aceitos, a demanda pela pele de jumento pode diminuir.

Ao mesmo tempo, há esforços de cooperação internacional para troca de informações. Isso facilita a detecção de redes criminosas em regiões de fronteira.

Portanto, a busca por soluções passa por ciência, diplomacia e proteção ambiental.

Um desafio que une cultura, economia e sustentabilidade

O abate acelerado de jumentos mostra como tradições locais podem gerar impactos globais. A valorização de um produto da medicina chinesa ameaça não só uma espécie, mas também a sobrevivência de famílias inteiras.

Encontrar equilíbrio entre a preservação dos animais e o respeito a práticas culturais é o grande desafio.

Se medidas firmes não forem aplicadas, os jumentos podem desaparecer de muitas regiões em poucos anos. Isso deixaria um vazio econômico, social e ambiental difícil de reparar.

Com informações de Correio Braziliense.

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Romário Pereira de Carvalho

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